O principal suspeito de violentar e matar a menina Ana Paula Soares Marx, de 6 anos, de quem era padrasto, em Unaí, no Noroeste do estado, foi identificado como o mesmo homem que, em 2007, foi condenado por matar e estuprar a própria mãe, Teresa Lima Ferreira, em São Francisco, no Norte de Minas. Ele foi preso e encaminhado para o Presídio Regional de Unaí.
Leia Mais
Idosa morre carbonizada durante um incêndio em casa em UnaíFuncionário de fazenda morre depois de ser mordido por porco em UnaíOperação desmantela quadrilha que assaltou casa de vereador em UnaíHomem estupra ex-companheira e desfigura o rosto dela Suspeito de estuprar menina de 2 anos é presoJovem confessa ter enterrado a mãe ainda viva no quintal de casaCarreta tomba e motorista morre carbonizado na BR-381, em João MonlevadeMetroviários decidem por paralisação de 24 horas na quinta-feira (20/5)De acordo com fonte de São Francisco, outro autor que teria agido com o servente de pedreiro no estupro e no assassinato da mãe foi morto dentro da cadeia da cidade, pouco tempo de ter sido preso.
João José Ferreira também é investigado acusado de outro crime sexual. O delegado regional de Unaí, João Henrique Furtado, informou que o homem, durante a saída temporária da prisão, em São Francisco, teria forçado uma criança de 3 anos a fazer oral nele.
A Polícia Civil de Unaí vai solicitar mais informações sobre o inquérito da suspeita de abuso contra a criança, que ocorreu em 2013.
O corpo da menina Ana Paula Marx foi encontrado na manhã desse domingo (16/5), no Rio Preto, na zona rural de Unaí.
A criança estava desaparecida desde quinta-feira (13/5). Conforme o delegado João Henrique Furtado, a necropsia revelou que, além de estuprada, a menina foi morta com muita violência, antes de ter o corpo jogado no rio.
No exame pericial foi constatado que ela sofreu espancamento, rompimento do maxilar, esganadura e afundamento do tórax.
De acordo com as investigações, o suspeito teria praticado o crime enquanto a mãe de Ana Paula estava internada em um hospital de Unaí, em trabalho de parto. O casal está junto há cerca de dois anos e já tem um filho de 1 ano e 8 meses.
O delegado informou que, em depoimento, o homem negou a autoria do estupro e da morte da enteada. "Mas as evidências apontam ter sido ele o autor, tendo em vista o pouco interesse em auxiliar nas buscas pela vítima, sendo ele a última pessoa que teve contato com a menina, segundo Furtado.
A reportagem do Estado de Minas apurou que a violência praticada contra a criança assassinada causou revolta entre moradores de Unaí.
Por isso, a partir do momento em que o padrasto passou a ser considerado como principal suspeito, as equipes policiais envolvidas na investigação tiveram que adotar medidas para impedir qualquer tentativa de linchamento dele.
O suspeito foi monitorado numa chácara na zona rural da cidade até o momento que a polícia reunisse evidências de que ele realmente cometeu o crime contra a enteada.
As buscas pela menina Ana Paula mobilizou uma grande operação, com o trabalho por terra, água e pelo ar. A ação envolveu equipes do Corpo de Bombeiros, um helicóptero e cães farejadores. Os bombeiros mergulharam por dezenas de horas no Rio Preto, onde o corpo da vítima foi localizado.