Mesmo com a taxa de ocupação hospitalar subindo, a abertura de leitos emergenciais para tratamento contra a COVID-19 no Hospital Regional, em Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas, continua sem data.
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recusou a proposta do Cis-Urg Oeste – consórcio que gerencia o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) – para administrar a unidade.
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recusou a proposta do Cis-Urg Oeste – consórcio que gerencia o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) – para administrar a unidade.
O estado anunciou a liberação de R$ 3,6 milhões para instalação de 40 leitos de enfermaria e outros 20 no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em abril deste ano. O novo hospital de campanha seria em uma ala mais avançada da construção do Hospital Regional, paralisada há cerca de 5 anos.
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Na última semana, o secretário estadual da pasta, Fábio Baccheretti, encaminhou ofício alegando que o imóvel está em poder do município e que, por isso, o convênio deve ser firmado entre eles.
“O ofício que recebemos fala que o cancelamento da proposta de convênio apresentada pelo Cis-Urg considera que essa instalação será feita através de convênio com a prefeitura de Divinópolis”, explica o secretário-executivo do consórcio, José Márcio Zanardi.
Já a Prefeitura de Divinópolis disse que pretende firmar o convênio com o estado e que o cronograma de trabalho será apresentado após a assinatura.
“A gente anexou todos os documentos, o estado revisou e pediu para fazermos algumas alterações. Reinserimos esses documentos hoje (18/5) à tarde, agora aguardamos o posicionamento. Estamos aguardando a Secretaria de Estado emitir o parecer. Se não tiver mais pendências, ela já envia para formalização e assinatura do convênio”, explicou, em nota.
Após a assinatura, será realizada a licitação para contratação da empresa gestora.
Empresários intervêm
Com o aumento dos índices e a possibilidade de uma terceira onda, o setor empresarial também está cobrando respostas para estruturação hospitalar da região. Na semana passada, a taxa de ocupação de leitos atingiu 81%. Nesta terça-feira (18/5), dos 285 disponíveis, 217 estão ocupados, ou seja, 76,1%.
A Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid) enviou ofício ao secretário adjunto de Saúde, André Luiz Moreira dos Anjos, pedindo explicações sobres os empecilhos para a abertura dos leitos.
Um deles seria uma prestação de contas ainda não analisada pelo estado. “Sendo que, para firmar novo convênio envolvendo o Hospital Regional de Divinópolis, faz-se necessário que as prestações de contas estejam todas aprovadas”, destacou a Acid no documento enviado ao secretário.
A associação também encaminhou outro ofício, à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pedindo a realização de uma audiência pública para debater o assunto. O mesmo requerimento foi feito pela vereadora Lohanna França (Cidadania).
A reportagem entrou em contato com a SES, porém não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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