Uma abordagem policial realizada na Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) em Contagem, na Grande BH, terminou em violência generalizada, com seis pessoas presas e um policial militar hospitalizado.
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"Desacato"
Em coletiva de imprensa realizada no início desta tarde (19/5), a Polícia Militar argumentou que a pancadaria começou com uma fiscalização de rotina. Segundo a capitã Layla Brunella, um militar teria notado que a condutora de um veículo havia estacionado em local proibido. Ele então pediu que ela se retirasse e solicitou a documentação da motorista, que estaria irregular.
A mulher teria reagido à abordagem com agressividade. De acordo com a corporação, ela se negou a remover o carro, rasgou os documentos e disparou ofensas de baixo calão contra o policial. Por causa disso, recebeu voz de prisão por desacato.
"A partir daí, ela inicia uma agressão contra o policial, com chutes, com socos, golpeia o militar no abdomen, na parte renal", conta Brunella.
O homem de camisa vermelha que aparece no vídeo seria marido da suspeita e o de blusa azul, filho.
"Insuflados por populares, eles também golpeiam o policial, que chegou a desmaiar várias vezes. Mais pessoas se juntam à agressão arremessando frutas, legumes. Até o colete do agente foi arrancado. Foi preciso acionar a guarda civil, os seguranças da Ceasa, o tático móvel e o Grupo Especializado em Radiopatrulhamento (GER) para conter a violência", afirma Layla.
Conforme a capitã, o PM em questão está internado com ferimentos na cabeça e escoriações por todo o corpo. "Em razão dos desmaios, os médicos orientaram que ele permanecesse em observação hospital para verificar se as agressões deixaram alguma sequela".
A suspeita da agressão, o marido, o filho dela e mais três pessoas foram presas. A PM diz que espera identificar outros suspeitos a partir da análise de imagens do circuito de segurança da CeasaMinas e dos vídeos da confusão que circulam na internet.
O Estado de Minas solicitou posicionamento do entreposto sobre o episódio, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
O Estado de Minas solicitou posicionamento do entreposto sobre o episódio, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.