Mariana, na Região Central de Minas Gerais, adquire novos equipamentos considerados importantes para o tratamento de pacientes com COVID-19 e para a vacinação contra a doença, mas os estoques de medicamentos do kit intubação, como analgésicos e bloqueadores neuromusculares, estão no vermelho.
Segundo a Secretaria de Saúde, o estoque em baixa é devido à falta de disponibilidade no mercado e pouco repasse de medicamentos vindo do Ministério da Saúde.
A compra de duas novas câmaras frias traz um reforço para os insumos no combate à COVID-19 que necessitam de conservação segura para a eficácia na imunização.
O valor da compra de cada câmara fria foi de R$16 mil. A capacidade de armazenamento é de até 340 litros cada e as duas estão instaladas na central de imunização de Mariana.
O valor da compra de cada câmara fria foi de R$16 mil. A capacidade de armazenamento é de até 340 litros cada e as duas estão instaladas na central de imunização de Mariana.
A temperatura das câmaras é de 2°C a 8°C e dá para armazenar todas as vacinas que estão sendo utilizadas na Campanha Nacional de Vacinação, inclusive a da Pfizer/BioNTech – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o armazenamento por até cinco dias.
Além disso, foram adquiridos quatro respiradores de transporte, no valor de R$ 51.450 cada, e outros três respiradores fixos no valor de R$ 65.863 cada, que estão instalados no setor de fisioterapia, localizado no complexo de Pronto Atendimento Dr. Elias Salim Mansur, o novo “COVID Internação”.
De acordo com o secretário de Saúde, Danilo Brito, os equipamentos são os mais modernos do mercado, foram comprados para dar mais suporte ao atendimento dos pacientes e estão sendo suficientes para atender à demanda local.
“No momento, nenhum paciente está em uso de ventilação mecânica no setor de Internação COVID-19 do município. Vale ressaltar que a unidade de saúde conta também com mais dois ventiladores de transporte”.
A Secretaria de Saúde afirma que o setor de internação conta com monitores multiparâmetros, bombas de infusão contínua, desfibriladores, ventiladores, aspiradores de secreção, gasômetro, raio x portátil e outros equipamentos utilizados no atendimento dos pacientes com ou sem COVID-19. “Para a atual demanda, os equipamentos atendem de maneira eficaz” diz o secretário.
Cidade mantém Secretaria Estadual de Saúde informada sobre medicamentos
Em relação aos medicamentos, como bloqueadores neuromusculares, sedativos e analgésicos, conhecidos como kit intubação, Brito informa que não houve falha no tratamento dos pacientes por falta deles, mas os estoques estão baixos devido à dificuldade de aquisição dos fármacos por baixa disponibilidade no mercado e preços abusivos por parte das distribuidoras, o que inviabiliza a compra pública.
O secretário afirma que tem informado semanalmente todo o estoque à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que acompanha de perto os estoques dos fármacos e que ainda não recebeu nenhum repasse de medicamentos vindo do Ministério da Saúde.
“Na região, apenas a Santa Casa de Ouro Preto foi contemplada com alguns repasses de medicamentos do Ministério da Saúde”, diz.
“Na região, apenas a Santa Casa de Ouro Preto foi contemplada com alguns repasses de medicamentos do Ministério da Saúde”, diz.
A SES-MG informa que a Deliberação do Comitê Extraordinário COVID-19, Nº63, dispõe sobre medidas de articulação e integração de prestadores de serviço de saúde diante da insuficiência e da indisponibilidade temporária dos medicamentos que especifica.
O documento aponta que as instituições hospitalares públicas, filantrópicas ou contratualizadas com o Sistema Único de Saúde (SUS) devem informar semanalmente à SES por meio das Regionais de Saúde o que estão precisando e qual a quantidade dos medicamentos que precisam para manter o estoque em nível considerável.
As Regionais de Saúde repassam a planilha com a demanda da região e, a partir daí, a Secretaria de Saúde envia os medicamentos.
O documento aponta que as instituições hospitalares públicas, filantrópicas ou contratualizadas com o Sistema Único de Saúde (SUS) devem informar semanalmente à SES por meio das Regionais de Saúde o que estão precisando e qual a quantidade dos medicamentos que precisam para manter o estoque em nível considerável.
As Regionais de Saúde repassam a planilha com a demanda da região e, a partir daí, a Secretaria de Saúde envia os medicamentos.
No site da SES é informado que a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Elias Salim Mansur não participou de nenhuma transação referente à Deliberação N° 63 e, com isso, não há descrição de nenhum item de medicamento doado ou recebido, mesmo constando que na UPA tem 30 leitos destinados para pacientes com COVID-19.
A mais recente remessa de medicamentos enviada pela SES-MG foi em 13 de maio, para 116 unidades hospitalares, em 84 cidades.
Foram enviadas 103.030 unidades de fentanil e cisatracúrio para atender às instituições que se encontram em níveis considerados críticos.
Os dois itens são essenciais para a sedação dos pacientes em tratamento da COVID-19, sendo que o fentanil foi adquirido pelo governo estadual e o cisatracúrio pelo federal.
Porém, na lista que consta no site da secretaria o envio desses fármacos não foi para nenhuma unidade de atendimento direto aos pacientes de Mariana.
Foram enviadas 103.030 unidades de fentanil e cisatracúrio para atender às instituições que se encontram em níveis considerados críticos.
Os dois itens são essenciais para a sedação dos pacientes em tratamento da COVID-19, sendo que o fentanil foi adquirido pelo governo estadual e o cisatracúrio pelo federal.
Porém, na lista que consta no site da secretaria o envio desses fármacos não foi para nenhuma unidade de atendimento direto aos pacientes de Mariana.
Os medicamentos disponíveis no Brasil têm os preços controlados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão interministerial no qual a Anvisa exerce o papel de Secretaria-Executiva.
A esperança em relação aos aumentos excessivos dos medicamentos vem da aprovação pelo Senado de um Projeto de Lei (PL) que suspende o aumento de preços de medicamentos em 2021 e determina reversão dos reajustes já aplicados.
O texto foi aprovado em 13 de maio e segue para a Câmara dos Deputados.
A esperança em relação aos aumentos excessivos dos medicamentos vem da aprovação pelo Senado de um Projeto de Lei (PL) que suspende o aumento de preços de medicamentos em 2021 e determina reversão dos reajustes já aplicados.
O texto foi aprovado em 13 de maio e segue para a Câmara dos Deputados.
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