Dia de vacinação contra a COVID-19 agitado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (21/5) os trabalhadores da saúde de 43 a 49 anos recebem a segunda dose da CoronaVac, depois de passadas duas semanas em que a aplicação foi suspensa na cidade por falta de doses do imunizante.
Segundo a PBH, o quantitativo recebido é suficiente para concluir o esquema vacinal deste público e dos idosos acima de 64 anos, com cerca de 31 mil pessoas.
Na Faculdade de Ciências Médicas, localizada no Centro de BH, foi possível ver como a segunda dose era esperada pelo grupo. Antes mesmo do horário de início da vacinação, uma fila com mais de 1 quilômetro de extensão se formou do lado de fora da unidade. “Cheguei às 7h da manhã e a fila já estava lá em cima”, disse Eliana Fernanda, de 44 anos.
Por causa de seu trabalho como psicóloga teve que desistir da espera e tentar retornar ao local em outro horário.
"Acho que eles deveriam se organizar melhor. Sei que todo mundo quer tomar a vacina, então como consequência todos vão vir em um dia só. Mas acredito que a prefeitura vai ministrar isso muito bem colocando outros postos de saúde ou ampliando mais lugares para ter esse controle e não causar aglomeração, porque isso está acontecendo”, disse.
"Acho que eles deveriam se organizar melhor. Sei que todo mundo quer tomar a vacina, então como consequência todos vão vir em um dia só. Mas acredito que a prefeitura vai ministrar isso muito bem colocando outros postos de saúde ou ampliando mais lugares para ter esse controle e não causar aglomeração, porque isso está acontecendo”, disse.
Eliana já foi contaminada uma vez com o coronavírus, mas disse que sofreu apenas sintomas leves. Sua vez na fila para a imunidade era aguardada sem pressa, com compreensão de que o processo teria que ser feito inicialmente para outros grupos de risco.“A gente sempre aguarda para vacinar, mas tem que ter consciência de que tinha outras prioridades”, relatou.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que para a segunda dose os trabalhadores da saúde devem levar documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além do cartão de vacinação que conste a aplicação da primeira dose.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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