Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

BH: Santo Agostinho suspende aulas após funcionária contrair COVID-19

O Colégio Santo Agostinho, unidade Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte, suspendeu as aulas presenciais após uma colaboradora da área administrativa que atua como auxiliar educacional ter testado positivo pra COVID-19. Exames estão sendo feitos nesta sexta-feira (21/5). Mas as atividades podem ser retomadas na segunda-feira (24/5). A situação preocupa pais de alunos, que apontam falta de transparência por parte do colégio. 



Na quinta-feira (20/5), a escola informou que as aulas presenciais seriam suspensas por 14 dias, a partir de hoje. "Seguindo rigorosamente nosso protocolo, a medida precisou ser tomada após sermos notificados de que um colaborador da área administrativa, que atua nos dois turnos, foi diagnosticado com a COVID-19", informou a escola.

De acordo com o colégio, trata-se de uma "medida preventiva" que visa o cuidado e a segurança de crianças, professores e demais colaboradores de acordo com o plano de ação emergencial e embasamento nas orientações do protocolo estadual Minas Consciente.

Nesta sexta-feira, os pais receberam, porém, uma nova nota dizendo que, após receber a notificação de um caso positivo de COVID-19 entre os colaboradores, o colégio seguiu "rigorosamente o protocolo e suspendeu as aulas presenciais".



A colaboradora é da área administrativa e atua como auxiliar educacional, com suporte direto aos estudantes e professores - que lecionam presencialmente, para os dois grupos de escalonamento.

A partir disso, a escola afirma que convocou uma consultoria parceira e o grupo multidisciplinar de trabalho para estudar estratégias de retorno com o objetivo de minimizar o impacto na comunidade escolar.

"Ficou definida a testagem de todos os professores e colaboradores que tiveram contato direto ou indireto, com a profissional em questão", informou.

A testagem esta sendo realizada nesta sexta. "Teremos os resultados no dia 23 e entraremos em contato com vocês", informou o colégio.

Ainda de acordo com a escola, se tudo correr bem e a situação for favorável para o retorno, as atividades serão retomadas já na segunda (24/5) com aulas presenciais "do grupo vermelho e no dia 31 com atividades na escola para o grupo azul, dando sequencia ao rodizio definido anteriormente".



Preocupação dos pais


O pai de um aluno, que preferiu não se identificar, acredita que não há como a escola garantir a segurança. "O problema é: que teste feito hoje garante que nenhum funcionário esteja com COVID? Todos os testes pedem no mínimo de 3 a 5 dias para acusar o vírus. Testar hoje vai contra qualquer protocolo", disse.

Além disso, o pai afirma que a escola demorou para esclarecer a função e os possíveis contatos da profissional com as crianças. "Em um primeiro momento, o colégio diz que se trata de uma funcionária do administrativo, hoje, já disseram que ela atua como auxiliar educacional. Falta transparência", complementou. 

"Qual protocolo a escola está seguindo? Por que mudaram de posição em menos de um dia? O resultado são professores inseguros com a possível volta e pais sem saber o que realmente está acontecendo e o risco que esse retorno representa", afirma o pai, que tem receio de mandar o filho para a escola. 



O que diz o colégio 


O Estado de Minas entrou em contato com a assessoria de imprensa do Colégio Santo Agostinho para esclarecer as dúvidas apresentadas pelos pais.  

Veja a nota na íntegra:

"O Colégio Santo Agostinho informa que, nesta 4ª feira, dia 19/05, foi notificado por uma colaboradora da área administrativa-pedagógica, que trabalha em uma das 'bolhas' (grupos de escalonamento de alunos), que testou positivo para Covid-19. A funcionária já não frequentava a escola desde a 2ª feira. O Colégio suspendeu de imediato as aulas presenciais na unidade do bairro Gutierrez, em Belo Horizonte, seguindo rigorosamente o protocolo Tempo de Cuidar, adotado pela instituição, e que pode ser acessado no site https://tempodecuidar.santoagostinho.com.br/.

Após análise da consultoria parceira Arcadis e do grupo multidisciplinar de trabalho responsável pela elaboração do protocolo Tempo de Cuidar, ficou determinada a realização da testagem em todos os professores e colaboradores que tiveram contato, direto ou indireto, com a profissional em questão. A testagem está sendo realizada nesta sexta-feira (21) e os resultados serão recebidos no dia 23, domingo. 

Somente após a testagem, se tudo correr bem e a situação for favorável para o retorno, às aulas presenciais do grupo de estudantes da 'bolha' da semana anterior, e que não tiveram contato direto com a colaboradora, serão retomadas na segunda-feira, dia 24. Já as aulas para o grupo que esteve presente nessa semana na escola, somente serão retomadas presencialmente, no dia 31, após o período de quarentena. A escola ressalta que continua sendo opcional o envio do estudante para as aulas presenciais.





O Colégio Santo Agostinho segue agindo de forma cautelosa e com a única intenção de preservar a vida de toda a comunidade escolar."


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

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Mitos e verdades sobre o vírus

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