A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) divulgou nesta sexta-feira (21/5), que o número de mortos pela COVID-19 em Belo Horizonte teve crescimento entre jovens de 20 a 39 anos, sendo a faixa etária até os 29 anos a que mais teve aumento em abril, com 109%, comparada com maio de 2020. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil.
Segundo a associação, esse aumento deixa claro que a vacinação é o melhor caminho para o combate à pandemia, já que a população mais jovem ainda não foi imunizada e registrou o maior crescimento de mortes. Diferente dos idosos que já foram vacinados com as duas doses, que observaram queda nos óbitos entre a faixa etária de 80 a 99 anos.
Os números absolutos de mortes dos 20 aos 29 anos, passaram de três, em março, para 15 no mês seguinte. Na sequência, a faixa etária que vai dos 30 aos 39 anos teve aumento de 88% nos óbitos, passando de 16 para 43, em março e abril respectivamente.
O mesmo aconteceu com a faixa etária dos 40 aos 49 anos, que também teve um aumento percentual de 63%, passando de 63 mortos em março para 91 em abril. De acordo com a Arpen-Brasil, as pessoas entre 50 e 59 anos tiveram aumento de 38%, com 128 mortes no terceiro mês do ano, para 186 no seguinte.
Enquanto a faixa etária entre 60 e 69 anos teve aumento de 30%, passando de 281 em março para 351 em abril. Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, a população entre 70 e 79 anos registrou aumento de mortes de 10% em relação à média desta idade no período, e um aumento de falecimentos passando de 322 em março para 403 em abril.
A média estadual também aumentou e Minas Gerais observou o crescimento de óbitos na faixa etária de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos, total de 67% e 54% respectivamente.
Brasil tem a mesma tendência
Como divulgado pelo Estado de Minas, a população ainda não vacinada está registrando cada vez mais mortes pela COVID-19. Em entrevista com o epidemiologista Geraldo Cury, ele afirmou que é normal a mortalidade diminuir entre os idosos, pois foram priorizados na vacinação.
Além disso, os dados demonstram a eficácia da vacina, que diminuiu justamente, o número de casos confirmados e mortes entre a faixa etária já imunizada. Segundo a Arpen-Brasil, em todo o país houve crescimento nos óbitos de pessoas entre 20 a 29 anos e 30 a 39 anos, sendo 38% e 56%, respectivamente.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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