Marco Aurélio Silva - pai de Lorenza de Pinho, que o Ministério Público de Minas Gerais acredita ter sido assassinada pelo marido, o promotor de Justiça André de Pinho -, é um dos convidados da Audiência Pública sobre Feminicídio marcada para às 15h30 desta quarta-feira (26/5) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O evento discutirá o cenário violência contra a mulher em Minas, bem como ações concretas de combate ao problema.
“Quero me envolver o máximo possível no combate à violência contra a mulher. Infelizmente, só acordamos de verdade quando uma tragédia acontece perto da gente, na família. Eu precisei passar por isso, mas, agora, vou fazer o que estiver ao meu alcance para conscientizar as pessoas de que o feminicídio é uma barbaridade comum, presente em todas as classes sociais, e precisa ser combatido com toda força”, diz o aviador.
Organizada pelas deputadas Ana Paula Siqueira (Rede), Andréia de Jesus (PSOL), Leninha (PT) e Beatriz Cerqueira (PT), a reunião será virtual, transmitida ao vivo por meio do site da ALMG. A lista de participantes inclui desembargadoras, representantes de movimentos sociais, da UFMG, das forças de segurança do estado e do Executivo estadual.
“Acreditamos que há uma discrepância entre os fatos divulgados cotidianamente pela imprensa desde 2018, cada vez mais numerosos e mais violentos, e os números publicados pelo estado nesse mesmo período, que apontam queda na violência contra a mulher. Queremos entender a metodologia utilizada pelas autoridades para compilar esses dados, para nos certificarmos de que as estatísticas refletem a realidade e, de fato, contribuem para a elaboração de políticas públicas efetivas”, diz a parlamentar.
Os questionamentos nesse sentido serão conduzidos pela coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da UFMG (Nepem), Marlise Matos. De acordo com a cientista política, os dados sobre feminicídios divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública soam inconsistentes.
“Em 2018, o estado pactuou a formação de servidores públicos para a sistematização de dados sobre feminicídio. Com isso, era esperado que essas mortes - devidamente classificadas e evidenciadas - aumentassem nos relatórios. Curiosamente, os números mostram tendência de queda. Queremos que o governo nos explique isso. A nós, o que parece é que há feminicídios sendo classificados como outros tipos de morte", comenta a pesquisadora.
Ao fim da audiência, está prevista a elaboração de um documento com diretrizes ao governo para o combate efetivo à violência contra à mulher.
O evento discutirá o cenário violência contra a mulher em Minas, bem como ações concretas de combate ao problema.
“Quero me envolver o máximo possível no combate à violência contra a mulher. Infelizmente, só acordamos de verdade quando uma tragédia acontece perto da gente, na família. Eu precisei passar por isso, mas, agora, vou fazer o que estiver ao meu alcance para conscientizar as pessoas de que o feminicídio é uma barbaridade comum, presente em todas as classes sociais, e precisa ser combatido com toda força”, diz o aviador.
Organizada pelas deputadas Ana Paula Siqueira (Rede), Andréia de Jesus (PSOL), Leninha (PT) e Beatriz Cerqueira (PT), a reunião será virtual, transmitida ao vivo por meio do site da ALMG. A lista de participantes inclui desembargadoras, representantes de movimentos sociais, da UFMG, das forças de segurança do estado e do Executivo estadual.
Discrepâncias
Entre as pautas do encontro, a deputada Ana Paula Siqueira destaca a sistematização das estatísticas sobre feminicídio pelos órgãos do estado.
“Acreditamos que há uma discrepância entre os fatos divulgados cotidianamente pela imprensa desde 2018, cada vez mais numerosos e mais violentos, e os números publicados pelo estado nesse mesmo período, que apontam queda na violência contra a mulher. Queremos entender a metodologia utilizada pelas autoridades para compilar esses dados, para nos certificarmos de que as estatísticas refletem a realidade e, de fato, contribuem para a elaboração de políticas públicas efetivas”, diz a parlamentar.
Os questionamentos nesse sentido serão conduzidos pela coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da UFMG (Nepem), Marlise Matos. De acordo com a cientista política, os dados sobre feminicídios divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública soam inconsistentes.
“Em 2018, o estado pactuou a formação de servidores públicos para a sistematização de dados sobre feminicídio. Com isso, era esperado que essas mortes - devidamente classificadas e evidenciadas - aumentassem nos relatórios. Curiosamente, os números mostram tendência de queda. Queremos que o governo nos explique isso. A nós, o que parece é que há feminicídios sendo classificados como outros tipos de morte", comenta a pesquisadora.
Ao fim da audiência, está prevista a elaboração de um documento com diretrizes ao governo para o combate efetivo à violência contra à mulher.