A Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, monitora um paciente que foi diagnosticado com COVID-19 após uma viagem à Índia, onde circula uma nova variante do coronavírus.
O paciente está isolado e teve amostras de sangue coletadas para realização do sequenciamento do genoma do vírus.
"O Departamento de Vigilância Epidemiológica do Município vem monitorando o caso de perto. O material já foi enviado para Belo Horizonte para análise", diz a nota do Executivo municipal encaminhada ao Estado de Minas nesta terça-feira (25/5).
A prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde não informaram a idade, o sexo, nem o quadro clínico do paciente.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que acompanha o caso. "Apesar do diagnóstico confirmado de COVID do paciente, proveniente da Índia, o sequenciamento genético da amostra encontra-se em andamento, não sendo possível afirmar, até o momento, que se trata de caso associada à nova cepa", diz o comunicado da pasta.
Variante indiana
O Brasil registra, até o momento, seis casos confirmados de infecção pela variante indiana do coronavírus - a chamada B.1.617. Todos os pacientes estão no Maranhão. Eles são tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e chegou ao litoral maranhense em 14 de maio.
De acordo com as autoridades sanitárias do estado, um dos infectados está internado na UTI de um hospital particular de São Luís. Os outros permanecem isolados dentro do navio, em alto mar, a cerca de cerca de 35 quilômetros da costa.
Mais três estados brasileiros investigam casos suspeitos de B.1.617 - Ceará, Pará e, agora, Minas Gerais.
A variante foi registrada pela primeira vez na Índia em outubro do ano passado. Com a explosão de casos no país e sua disseminação no Reino Unido, autoridades sanitárias do mundo inteiro estão sob alerta.
De acordo com infectologistas, esta cepa se tornou mais transmissível após mutações sofridas desde a sua descoberta e pode agravar a terceira onda da pandemia.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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