Jornal Estado de Minas

PARALISAÇÃO AMEAÇADA

Greve do metrô em BH: Justiça obriga funcionamento nos horários de pico

 

 

A Justiça do Trabalho determinou o funcionamento integral do metrô de Belo Horizonte nesta quarta-feira (26/5) durante o horário de pico: das 5h30 às 10h e das 16h às 20h. A decisão acontece depois que o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) anunciou paralisação pela não inclusão da categoria na campanha de vacinação contra a COVID-19.



A decisão determina que o sindicato mantenha um expediente mínimo de funcionários para permitir o funcionamento normal durante esses horários. O mesmo vale para os seguranças do metrô.


Os metroviários também deverão manter ao menos um funcionário nos postos de controle de tráfego, energia e supervisão. E, ainda, para as centrais de controle das estações São Gabriel, Eldorado e Vilarinho.

O desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto estipulou, também, multa diária de R$ 30 mil ao Sindimetro-MG, caso a decisão não seja acatada.

Ele aceitou parcialmente o pedido da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô de BH. A CBTU pedia o funcionamento normal do transporte público por trilhos durante todo o dia, não só no horário de pico.



A greve dos metroviários se baseia na não inclusão da categoria no público-alvo da vacinação contra a COVID-19. Uma assembleia acontece na noite desta terça (25/5) para discutir os rumos da greve.

A CBTU, por sua vez, em nota, "concorda com os metroviários, tendo em vista o caráter essencial dos serviços prestados pela categoria".

Porém, a estatal alega que não controla o público-alvo da campanha de vacinação.

A CBTU informa que tem articulado com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), assim como os governos municipal, estadual e federal, para incluir os metroviários na imunização.





Ônibus


Ainda na decisão, o desembargador do TRT notificou as empresas responsáveis pelo transporte público por ônibus de BH e Contagem. O objetivo é aumentar a oferta de veículos do tipo nos horários em que o metrô não operar.

O mesmo vale para a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), responsável pelos ônibus metropolitanos.

Em nota, a BHTrans informou que vai acompanhar a demanda e viagens extras serão feitas em caso de necessitade. 

Já o Governo de Minas esclareceu que "uma linha especial, com veículos de várias empresas, é ativada sempre que há greve do metrô de Belo Horizonte". O itinerário vai da Estação Eldorado até a Praça da Estação. 

Porém, a Infraestrutura entende que "não foi detectada a necessidade de aumento de viagens", já que a greve não é "completa".

Em Contagem, a prefeitura local informa que "o transporte coletivo de passageiros municipal está restrito ao atendimento dos deslocamentos realizados dentro do município", portanto apenas o estado tem responsabilidade sobre o reforço de linhas por causa da greve.




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