"Pareço até aluno quando passa de ano, acordei eufórica! É uma mistura de euforia e alívio". O relato é da supervisora de Educação Infantil Lílian Barros, vacinada contra a COVID-19 na manhã desta quarta-feira (26/5) em Belo Horizonte. Ela tomou primeira dose do imunizante no Centro de Saúde Padre Joaquim Maia, no Bairro Liberdade, Região da Pampulha.
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Ela conta que voltou a trabalhar presencialmente há três semanas "Seguimos os protocolos à risca, mas é claro que fica um certo receio. Agora, estou mais aliviada", comenta.
Creches e pré-escolas públicas e privadas foram reabertas em 3 de maio. Na rede municipal de ensino, parte dos professores e funcionários aderiu à chamada “greve sanitária”, ou seja, manteve o regime de trabalho remoto.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH), que lidera o movimento, alega falta de segurança para retorno às instituições neste momento da pandemia. Segundo a entidade, a adesão à paralisação chegou a 60%, mas baixou significativamente com a inclusão dos professores no grupo prioritário de vacinação.
Cronograma
Nesta quarta-feira (26/5), serão protegidos os trabalhadores da educação infantil (creche e pré-escola) de 59 a 41 anos, pessoas privadas e pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos.
Na quinta (27/5), é a vez dos educadores infantis de 40 a 18 anos e das pessoas em situação de rua maiores de 18.
Os professores devem comparecer a um dos 121 Centros de Saúde da capital reservados à campanha, de 8h às 16h. Os endereços desses locais estão disponíveis no site da PBH.
Documentos e orientações
Para a vacinação, os professores de educação infantil devem atender as seguintes exigências:
- Ser trabalhador da educação infantil (creche ou pré-escola) em atividade em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte
- Não ter tido COVID-19 com início de sintomas nos últimos 30 dias
- Não ter tomado a vacina contra a COVID-19
- Não ter tomado qualquer outra vacina nos últimos 14 dias
- Não ter tido COVID-19 com início de sintomas nos últimos 30 dias
Os documentos exigidos nos centros de saúde são:
- Documento de identificação com foto
- Documento que comprove a vinculação ativa com estabelecimento de educação infantil situado em Belo Horizonte, que pode ser: contracheque emitido nos últimos 3 meses; ou carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) com especificação da função; ou contrato de trabalho; ou declaração de vinculação ativa como trabalhador de Educação Infantil emitida pelo estabelecimento de ensino
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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