Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: 'Segunda onda em Minas não está controlada', afirma secretário

Os indicaditivos de aumento no número de casos de COVID-19 em Minas preocupam o secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti. Em entrevista coletiva, concedida nesta quinta-feira (27/05) na Cidade Administrativa, o gestor afirmou que a curva de transmissão demonstrou uma queda na média móvel de casos em maio em comparação a março e abril, no entanto, os números voltaram a subir.





 

"Temos um platô com viés de alta", afirmou. Ele reforçou que é importante observar se o estado está entrando em um novo pico, lembrando que a segunda onda ainda não foi controlada.

 

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O secretário destacou que o número de positividade de diagnósticos da COVID-19 é ainda muito alto, "demonstrando alta circulação do vírus".

 

Baccheretti disse que é importante observar para saber se o aumento é em decorrência das comemorações do Dia das Mães ou se reflete a flexibilização das atividades econômicas nas regiões mineiras.





 

Ele também anunciou ações adotadas pelo estado para enfrentar o que pode ser a terceira onda da pandemia. Afirmou que houve aumento na testagem, com a realização de testes rápidos. 

Disse ainda que haverá abertura de leitos nas regiões com maior estresse assistencial, citando, como expemplo, a abertura de cinco leitos em Coromandel, no Alto Paranaíba, município que teve superlotação nos leitos na segunda onda. "Sofreu muito com a segunda onda. Tivemos lá 90 pacientes transferidos."

 

Também, segundo ele, a Secretaria de Estado da Saúde tem realizado a transferência de pacientes de regiões de saúde com a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva e enfermaria mais alta para regiões com uma folga.

Bacchretti citou aumento no número de pacientes em espera por leitos na região Sul e disse que a região do Vale do Aço, por exemplo, é uma das que têm "uma gordura" se referindo a um menor percentual de ocupação dos leitos.





 

O secretário também informou o envio de kit com medicamentos para intubação para 600 municípios e atualizou o número de doses de recebidas em todo o estado.

Segundo ele, com a última remessa de cerca de 600 mil doses de vacinas da Astrazeneca e Pfizer, o estado recebeu 9 milhõees de doses e aplicou 7 milhões deste total. 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.





  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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