Com a alta de de casos de COVID-19 no estado nos dias, o governo de Minas, por meio do programa Minas Consciente, reforça que as cirurgias eletivas continuam proibidas até 30 de junho, inclusive na rede particular.
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COVID: com alta de casos em MG, 10 regiões seguem na onda vermelha; vejaCOVID-19: 'Segunda onda em Minas não está controlada', afirma secretário Kalil assina termo de patrocínio para vacina contra COVID-19 da UFMG“O entendimento da secretaria é que a normativa vigora em território mineiro e deve ser cumprida por todos os municípios. As discussões sobre a retomada gradual e segura das cirurgias eletivas continuam em andamento, porém ainda não foi publicada normativa sobre a liberação desses procedimentos”, informa a SES-MG, em nota.
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde também informou que a capital segue a recomendação do Ministério da Saúde, e que estão suspensas as cirurgias eletivas na rede pública e reforçou o pedido na rede privada por causa da pandemia.
“Devido ao aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI, desde 12 de março, a Prefeitura reforçou a suspensão, determinando ainda que serviços privados procedam da mesma forma, seja para procedimentos de médio ou de grande porte, até a melhoria dos indicadores assistenciais”, informou a PBH, em nota.
“Devido ao aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI, desde 12 de março, a Prefeitura reforçou a suspensão, determinando ainda que serviços privados procedam da mesma forma, seja para procedimentos de médio ou de grande porte, até a melhoria dos indicadores assistenciais”, informou a PBH, em nota.
O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMG) orienta que, devido à pandemia, todas as cirurgias e procedimentos eletivos sejam revistos criteriosamente pelos profissionais médicos e que o recomendado no momento é seguir com a suspensão.
“Neste sentido, recomendamos a suspensão das cirurgias e dos procedimentos cirúrgicos/invasivos eletivos não essenciais, tanto na rede pública quanto na rede privada de saúde.”
Cirurgias plásticas
A advogada e especialista em direito médico, Aline Mota explica, no entanto, que, em março deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), recomendou que as clínicas particulares poderiam realizar as cirurgias eletivas, desde que fossem seguidos protocolos de segurança.
“Vai depender da situação clínica do paciente, exemplo paciente que teve câncer de mama e a clínica precisa fazer a retirada da mama e colocar a prótese mamária. Nesse caso é recomendável, sim, a realização do procedimento, mesmo na pandemia, em decorrência da gravidade que o câncer pode causar ao paciente”, ressalta.
“Vai depender da situação clínica do paciente, exemplo paciente que teve câncer de mama e a clínica precisa fazer a retirada da mama e colocar a prótese mamária. Nesse caso é recomendável, sim, a realização do procedimento, mesmo na pandemia, em decorrência da gravidade que o câncer pode causar ao paciente”, ressalta.
Mesmo com as cirurgias eletivas proibidas em todo o estado, a busca por cirurgias plásticas aumentou durante a pandemia.
Ainda diante do cenário epidêmico, o Brasil segue sendo o país campeão na busca por cirurgias plásticas. Em 2020 o crescimento foi de 30% conforme relatos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Segundo a SBPC, as cirurgias plásticas são algumas das mais solicitadas neste momento, por fatores que podem ser diversos. Um deles é a implementação do trabalho em casa na maioria das empresas e corporações, (que pode ser benéfico para garantir uma boa recuperação) e o público feminino, que normalmente é quem se preocupa mais com a aparência diante das câmeras e não quer fazer feio nas reuniões cotidianas.
Outro motivo é a não preocupação em precisar expor o corpo e rosto fora de casa. Com isso, muita gente tem aproveitado este momento para ajustar um detalhe ou outro no corpo.
O cirurgião plástico de BH Jorge Menezes, ex-presidente da SBCP, confirma que o home-office tornou mais fácil a recuperação de cirurgia plástica.
“Sem ter que se deslocar com frequência ou ir a escritórios durante esse período, as mulheres aproveitam esse momento para fazer essas reparações. No caso das cirurgias faciais, mais ainda, pois a recuperação deve ser feita em casa e geralmente não atrapalha a mulher em sua rotina. A paciente pode fazer a cirurgia e voltar a trabalhar normalmente com dois dias, por exemplo”, explica.