O Corpo de Bombeiros planeja uma aceleração nas buscas pelos 10 desaparecidos da tragédia de Brumadinho, na Grande BH, durante as próximas semanas.
Em conversa com o Estado de Minas, o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação, deu detalhes da próxima etapa dos trabalhos.
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Segundo ele, cálculos matemáticos mostravam que a área, onde estava uma oficina, possivelmente guardava um ou mais desaparecidos.
Uma das estruturas para separação mecânica dos rejeitos será montada pela corporação justamente no TCF para tentar encontrar uma ou mais “joias”.
De acordo com Aihara, cerca de 50 militares atuam na operação atualmente. A corporação retomou os trabalhos no último dia 11, após interrupção por conta da onda roxa do Minas Consciente em meio à pandemia da COVID-19.
Minas Gerais conta com um efetivo de 5,8 mil militares. Desses, 4 mil já passaram por Brumadinho. No momento, eles não usam mais cães, já que o estágio de decomposição dos desaparecidos já está avançado.
A operação Brumadinho tem expediente de segunda a segunda.
Vítima identificada
A Polícia Civil identificou, nesta quinta, o corpo do soldador Renato Eustáquio de Sousa, a 260ª vítima da tragédia de Brumadinho encontrada.
O homem tinha 34 anos em 25 de janeiro de 2019, quando a Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão se rompeu. Era funcionário da Vale, proprietária da represa, e natural de BH.
As informações são do Superintendente da Polícia Técnica-Científica, Thales Bittencourt. Em entrevista coletiva na noite de desta quinta, ele deu detalhes sobre o trabalho de identificação do homem.
“Foi encontrado um fragmento do fêmur dessa vítima em 14 de janeiro de 2021 pelos bombeiros. Logo a seguir, esse fragmento foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML). Após a triagem, o material foi encaminhado para o Instituto de Criminalística, onde deu entrada em 28 de janeiro”, afirmou o policial civil.