A Prefeitura de Cássia, no Sul de Minas, anunciou nesta quinta-feira (27/5), que não vai receber vacinas contra o novo coronavírus até a próxima semana por determinação da Secretaria Regional de Saúde. O post gerou polêmica e vai ser retirado.
O anúncio foi publicado nas redes sociais pela prefeitura, que não deu detalhes e apenas afirmou que a determinação foi da Secretaria Regional de Saúde. O post repercutiu na cidade. Alguns moradores ficaram inconformados com a notícia.
“Teria que aproveitar esse Lockdown e vacinar a população, já está igual uma tartaruga”, comentou moradora nas redes sociais.
Por telefone, a Superintendente Regional de Saúde, Kátia Rita, disse que não estava sabendo do caso e entrou em contado com a prefeitura. Na sequência, o Estado de Minas conversou com Eliane David de Oliveira, secretaria de saúde, que esclareceu o caso.
“Essa semana a cidade não recebeu os lotes, como outros municípios também não receberam. O post foi escrito de forma errada e vai ser retirado do ar. O que queríamos informar é que as doses vão chegar na próxima semana. Será retirado da página”, afirma.
Lotação de UTI COVID-19
Cássia vive um colapso na saúde, com leitos de UTI COVID-19 ocupados. O Hospital São Vicente de Paulo tem 20 leitos disponíveis e todos estão ocupados com pacientes em tratamento do novo coronavírus.
“A situação está caótica. A todo momento estamos transferindo pacientes para unidades da região”, afirma o diretor clínico, Lourival Chaves Figueiredo.
A cidade soma 1.018 pessoas infectadas pelo novo coronavírus e 35 mortes em decorrência da doença. A prefeitura endureceu as regras de prevenção à COVID-19 e decretou lockdown até o dia 6 de junho para conter o avanço do vírus. Os municípios da microrregião também adotaram as medidas para frear o contágio.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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