Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que Uberaba, no Triângulo Mineiro, tem três variantes do novo coronavírus. De nove amostras enviadas pela cidade recentemente, foram encontradas a variante B.1.1.2.8, que circula no Brasil desde março de 2020; a P1, cepa brasileira identificada em Manaus, e a variante P2, detectada pela primeira vez no Rio de Janeiro.
O painel de monitoramento de casos divulgado pelo site coronavirus.saude.mg.gov.br/painel leva em consideração cinco variantes do vírus, sendo elas: P1, P2, B.1.1.2.8, B.1.1.3.3 e B.1.1..
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Escolas são denunciadas por descumprirem regras no Sul de MinasVacinação: BH chega a 40% de vacinados com a 1ª dose contra COVIDCOVID-19: Lavras endurece medidas e fala em 'lockdown' para conter colapso coronavirusmgCOVID: paciente que estava internado com variante indiana recebe altaAprovados em concurso público exigem nomeação em ValadaresSegundo informações do superintendente Regional de Saúde do Triângulo Sul, Mauricio Ferreira, o estado busca constantemente monitorar as variantes, mas o que é mais importante são as observações clínicas. “Os médicos percebem quando determinados pacientes respondem à doença de formas diferentes. Então, a partir disso, exigem a presença dos técnicos no sentido de apurar se seria uma nova variante.
Houve um trabalho de investigação genética muito intenso quando a cidade recebeu os pacientes de Manaus, sendo que a evolução destes doentes teve um curso diferente do que vinha sendo observado pelos clínicos”, declarou Ferreira em entrevista à "TV Integração".
A variante P1 surgiu em dezembro do ano passado na cidade de Manaus, capital do Amazonas, mas só foi identificada como variante em janeiro, no Japão, em viajantes que voltaram da Região Amazônica.
Segundo estudo da fundação FioCruz, as duas variantes brasileiras P1 e P2 podem aumentar em até dez vezes a carga viral, apresentam até duas vezes mais força de transmissão, são mais letais em jovens e ainda capazes de reinfectar com mais facilidade.
Por outro lado, um estudo publicado pelo Butantan, em março deste ano, assegurou que a vacina CoronaVac é capaz de combater as variantes P1 e P2.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo já foram observadas mais de 4 mil variações do coronavírus SARS-CoV-2. Já no Brasil, foram identificadas mais de 60 linhagens do vírus pela Rede Genômica Fiocruz.
Nem todas essas variações estão totalmente compreendidas pelos cientistas acerca da transmissão e mortalidade de cada uma.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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