O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, se reuniram pela segunda vez nesta terça (1º/6) para costurar um acordo sobre a tragédia de Mariana. Outras autoridades também participaram, mas nenhum representante dos atingidos fez parte das discussões.
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Ação internacional dos atingidos de Mariana será reavaliada na InglaterraDecisão a favor da Samarco cita 'acidente' em Mariana e dívida de R$ 50 biDemitido da Samarco após rompimento da barragem de Mariana é indenizadoMariana, 6 anos depois: 'Nossa inspiração é o acordo de Brumadinho', diz MPAutoridades se reúnem com mineradoras para planejar audiência sobre MarianaAtingidos de Mariana: decisão de processo no Reino Unido pode levar um mêsComeça audiência internacional de atingidos de Mariana contra a BHPApelação de atingidos de Mariana será decidida na terça (22/6), em LondresAs autoridades têm o objetivo de costurar um acordo semelhante ao de Brumadinho. As tratativas da outra tragédia foram fechadas em R$ 37,6 bilhões, com destinação para construção de rodovias, hospitais, escolas etc.
“Essas reuniões são importantíssimas, porque nos aproximam de um desejo comum, que é o de remover todas as consequências dramáticas causadas por esse flagelo. Esse processo teria tudo para durar décadas, mas vamos evitar isso com a força do nosso trabalho e boa vontade”, disse Fux.
“Estaremos empenhados ao máximo para chegar a esse novo acordo”, afirmou Zema.
Responsável pela reparação dos danos da tragédia, a Fundação Renova tem informado que "permanece dedicada ao propósito para o qual foi criada".
A ideia da fundação é gastar cerca de R$ 17 bilhões com indenizações, auxílios, compensações e reparações até o final do ano.
Juiz é alvo de suspeição
A reunião foi realizada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As tratativas nasceram de uma solicitação do juiz federal Mário Paula Franco Júnior.
Porém, o mesmo magistrado é alvo de um pedido de suspeição assinado pelos ministérios públicos Federal e de Minas Gerais e das defensorias públicas da União, de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Juristas brasileiros também assinaram uma carta para pedir o afastamento de Mário de Paula.
A suspeita diz respeito a vídeos obtidos pelo portal "Observatório da Mineração". Nas gravações, Mário orienta advogados dos atingidos a adotar o modelo indenizatório indicado pela Samarco, mineradora responsável pela Barragem de Fundão.
O rompimento da represa da Mina de Germano, em Mariana, aconteceu em 5 novembro de 2015 e causou a morte de 19 pessoas.
Outras 500 mil foram atingidas ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, que recebeu milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério provenientes da barragem.