Jornal Estado de Minas

Família doa órgãos de adolescente de 16 anos que morreu após acidente

Um adolescente de 16 anos, de Bueno Brandão, no Sul de Minas, morreu após sofrer traumatismo crânio encefálico (TCE) em um acidente. Ao ser comunicada da morte cerebral do jovem, a família autorizou a doação de órgãos, que beneficiou cinco pacientes.





Foram doados rins, pulmões, coração, pâncreas e fígado – que foi dividido em dois para atender duas pessoas.

“Agradecemos muito esse gesto de amor e solidariedade dos familiares desse paciente que traz esperança para outras famílias”, afirma a integrante da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT), enfermeira Alessandra Mara da Motta.
 
O doador de 16 anos estava internado no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre, e teve morte cerebral declarada no dia 28 de maio. A captação dos órgãos ocorreu no domingo (30), por equipes de Pouso Alegre e Belo Horizonte. Os órgãos seguiram para capital para serem implantados em cinco receptores.




Doação de órgãos

A doação de órgãos pode ocorrer de duas formas: por intermédio de um doador vivo ou de um doador morto. No último caso, após constada a morte encefálica, os órgãos são mantidos funcionando artificialmente até que ocorra a doação.

Posteriormente, a Central de Transplantes inicia os testes de compatibilidade entre o doador e os potenciais receptores, que aguardam em lista de espera. E esse ato de amor ao próximo pode beneficiar muitas pessoas.
 
“A doação de órgãos envolve uma matemática interessante: um único doador é capaz de salvar ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. O que se constata, no entanto, é que a média de transplantes no país fica muito aquém do necessário. A vida não precisa ser o final de todas as alegrias, mas pode ser o recomeço para que vários sorrisos possam brilhar novamente”, destaca Alessandra Mara da Motta. 
(Gabriella Starneck / Especial para o EM)
 

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