Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Vacinação em BH: 'Deixados no descaso', diz representante dos rodoviários

A chegada da variante indiana do novo coronavírus ao Brasil colocou em atenção máxima portos e aeroportos. Incluídos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19, os aeroviários começaram a ser imunizados no último 25 de maio em algumas cidades. Trabalhadores rodoviários, no entanto, embora concordem com a inclusão, lamentam a proteção ainda não ter sido estendida a eles.





 

"Mais uma vez, deixaram a gente no descaso. Somos trabalhadores essenciais, de linha de frente", afirmou Paulo César da Silva, presidente do Sindicato dos Rodoviários de BH e Região (STTR-BH). O rodoviário lembrou que, há vários meses, o sindicato tenta incluir a categoria nos grupos prioritários da imunização.

 

De acordo com a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Minas Gerais (Fetram), são cerca de 100 mil profissionais rodoviários em Minas

 

"Estamos tentando, enviamos ofícios para a Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, mas, mais uma vez vemos o desrespeito à nossa categoria, que fica tão exposta e nunca parou desde que começou a pandemia", lamenta.

Paulo lembrou das projeções para a terceira onda e que a categoria segue desprotegida para enfrentar essa fase que pode ser ainda mais letal do que as anteriores. 

 

O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano, afirmou que as duas categorias deveriam ser tratadas com o mesmo grau de prioridade. Ele lembrou que é importante adotar medidas para impedir a chegada da variante indiana.



Reforçou, porém, que há variantes circulando no território brasileiro que são também muito transmissíveis e agressivas.

 

Ele lembra que não são apenas cepas que vêm de outros países que já circulam que podem estar nos aeroportos e também nas rodoviárias, estações de metrô e ônibus. "As pessoas devem estar isonomicamente protegidas contra elas", defende. 

 

Segundo o Ministério da Saúde, a variante indiana do vírus despertou grande preocupação, portanto, imunizar os trabalhadores que atuam nos aeroportos é uma medida essencial para combater a propagação do COVID-19.

 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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