Jornal Estado de Minas

SERRA DO CIPÓ

Clima e restrições diminuem movimento na Serra do Cipó no feriado


Ponto turístico de Minas Gerais, a Serra do Cipó teve um feriado prolongado de Corpus Christi mais calmo que nos “anos normais”, ainda pelo impacto da pandemia de COVID-19. Apesar disso, o movimento no distrito de Santana do Riacho, na Região Central do estado e a 124 quilômetros da capital mineira Belo Horizonte, foi notório pelos comerciantes.





A reportagem do Estado de Minas esteve no belo ponto turístico, caracterizado pela exuberância das cachoeiras e da beleza natural, durante a manhã deste sábado (5/6). O movimento era comum e organizado para um feriado prolongado.

“O movimento está bom, sendo bem razoável. Estamos buscando que não seja nada muito gigante, a prefeitura também ajudou. Além disso, não está um clima tão propício para a cachoeira, apesar do céu aberto. Tem esse impacto do clima, água gelada também. Se tivesse mais sol e mais calor, podia estar mais cheio, mas acredito que as pessoas finalmente estão com mais consciência”, afirmou André Jack, presidente da Associação de Comerciantes da Serra do Cipó.
Fila de carros foi formada para ingressar na Serra do Cipó (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Artesã, Anna Döhler também disse que o movimento é bom, apesar de ainda ser diferente para um feriado comparado a uma época pré-pandemia. “Não está como se estivesse tudo normal, para um feriado normal. Mas está bom, apesar disso encheu”.





Anna Döhler, artesã, também afirma que o movimento é positivo (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Cozinheira em um restaurante do Cipó, Graziele da Silva também disse que há movimento. Ela também salientou que a tarde proporciona uma tendência de aumento de circulação das pessoas, chegando ou voltando das cachoeiras, que estão com capacidade reduzida ao público.

“A Serra do Cipó está lotada na medida do possível, e o movimento está sendo refletido nos restaurantes e tudo mais. As pessoas estão tomando cuidado, com máscara, álcool em gel. Sobre a população ter essa consciência é relativo, né. Alguns têm medo de sair, mas outros saem até sem máscara. Mas aqui a maioria está tranquila por enquanto, ainda bem”, afirmou.

Graziele da Silva (direita) ficou sem máscara no momento da foto (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
A grande preocupação das autoridades, assim como em 2020, diz respeito a aglomerações na Serra do Cipó e demais desrespeitos às normas sanitárias em tempos de pandemia. Minas e o Brasil como um todo assistem à uma ameaça de terceira onda do coronavírus.





Segundo dados deste sábado do governo de Minas, um total de 41.476 pessoas morreram no estado por causa das complicações causadas pelo coronavírus. Ao todo, foram 1.616.876 infecções, com 1.483.661 recuperações e 91.736 pacientes em acompanhamento médico. Foram 5.893 casos e 61 mortes nas últimas 24 horas.
Movimento na Cachoeira Grande, na Serra do Cipó, neste sábado (5/6) (foto: Movimento foi bom mesmo com as restrições e com o clima ameno)

Já no Brasil, de acordo com dados dessa sexta-feira (4) do governo federal, são 16.803.472 infecções totais, com 469.388 óbitos. Entre quinta e sexta foram 1.682 mortes pela COVID-19 e 83.391 novos casos no país.

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