A compra da vacina russa Sputnik V ainda está no radar do Governo de Minas.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmou, neste sábado, a intenção de comprar o imunizante contra a COVID-19, "a partir da disponibilidade do fabricante e aprovação pela Anvisa".
Em março deste ano, o governador Romeu Zema (Novo) chegou a sinalizar que o estado mantinha tratativas com o Instituto Gamaleya, na Rússia, além dos fabricantes das vacinas Pfizer, AstraZeneca, Coronavac e Janssen.
Na ocasião, o chefe do Executivo anunciou que negociava 20 milhões de doses com os fabricantes. A remessa seria suficiente para proteger mais que o total da população mineira. Na época, Zema disse que os produtos complementariam os lotes enviados pelo Ministério Saúde.
O Estado de Minas solicitou à SES-MG mais detalhes sobre o andamento dos trâmites, mas ainda não obteve retorno.
A Sputnik V, assim como a Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, foram parcialmente aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa sexta-feira (4/6).
Os dois imunizantes poderão ser importados a partir de agora, mas há restrições e condições para a aplicação na população.
Por enquanto, apenas seis estados do Nordeste têm autorização para adquirir o produto - Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe - com doses suficientes para 1% de sua população. Ou seja: 928 mil doses, entre as 37 milhões previstas nos acordos feitos pelos governadores do consórcio.
Quanto à Covaxin, o acordo com o governo federal prevê a importação de 4 milhões de unidades. O cronograma de entrega das remessas ainda não foi divulgado.
Em 12 de março, a prefeitura de Belo Horizonte chegou a anunciar um acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto para aquisição de 4 milhões de doses da Sputnik V. No dia 29 do mesmo mês, acabou descartando a negociação.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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