Em Pará de Minas, na Região Central do estado, 23 das 76 detentas da penitenciária Doutor Pio Canedo testaram positivo para a COVID-19. Os casos foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado.
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De acordo com o secretário municipal de Saúde, Wagner Magesty Silveira, a partir do caso, a secretaria decidiu fazer uma testagem em massa na ala feminina do presídio, sendo que 55 detentas já foram testadas e 66 totalmente isoladas.
Wagner explica ainda que dentre os 170 profissionais que trabalham na unidade prisional, apenas uma policial penal testou positivo para a COVID-19.
“Possivelmente, a contaminação da detenta, que por bom comportamento presta serviços dentro da própria unidade, tenha ocorrido após ela limpar a sala dessa policial que testou positivo. Ela pode ter sido o vetor que levou para essa presa a contaminação.”
Diante da situação, o secretário municipal de Saúde se reuniu com a direção da penitenciária Pio Canedo, juntamente com a equipe da vigilância sanitária, para tomar todas as medidas protetivas e evitar um alastramento da doença.
Ele afirma que já entrou em contato com os representantes do estado, para que medidas protetivas sejam tomadas em conjunto.
“Nós já fizemos o boletim de surto e já pedimos também a garantia da vacinação dos profissionais que trabalham dentro da Pio Canedo”, ressalta o secretário.
Por meio de nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) afirmou que "as detentas cumprem período de quarentena dentro da unidade, acompanhadas pelas equipes de saúde, e estão assintomáticas ou com sintomas leves da doença. As celas em que se encontram estão isoladas e são rotineiramente desinfectadas".
Segundo a Sejusp, várias ações são tomadas para prevenir a disseminação do coronavírus nos presídios do estado.
Leia a nota da Sejusp na íntegra
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), informa que, conforme o levantamento das 16h desta segunda-feira (7/6), há 23 detentas com diagnóstico positivo para a covid-19 na Penitenciária de Pará de Minas I (Doutor Pio Canedo).
As detentas cumprem período de quarentena dentro da unidade, acompanhadas pelas equipes de saúde, e estão assintomáticas ou com sintomas leves da doença. As celas em que se encontram estão isoladas e são rotineiramente desinfectadas.
Informamos ainda as principais ações que estão sendo realizadas para prevenir e controlar a disseminação do coronavírus nas unidades prisionais de Minas Gerais, incluindo a Penitenciária de Pará de Minas:
Unidades portas de entrada: Foi adotado um modelo pioneiro no país de circulação restrita de detentos no período de pandemia, classificado como referência pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para evitar a contaminação por novos presos, foram criadas 30 unidades de referência, distribuídas em todo o território mineiro, que funcionam como centros de triagem e portas de entrada para novos custodiados do sistema prisional.
Todas as pessoas presas em Minas Gerais estão sendo encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação, evitando possível contágio caso fossem encaminhadas de imediato para outras unidades. Após a observação e atestada a sua saúde, são encaminhadas para as demais unidades prisionais do Estado.
Retomada gradual das visitas: Em setembro de 2020, o Depen-MG iniciou a retomada gradual das visitas presenciais no sistema prisional, de acordo com as ondas do Minas Consciente de cada macrorregião. A lista de unidades em cada onda é atualizada semanalmente no site da Sejusp, às quintas-feiras. As unidades prisionais seguem os protocolos previstos para a onda da macrorregião na qual estão localizadas, exceto aquelas que são classificadas como portas de entrada.
Os familiares também podem ter contato com seus parentes de outras três formas: por meio de cartas (ação prevista para todas as unidades e com média de 35 mil recebimentos por semana), ligações telefônicas (cujo número é diferente em cada unidade e deve ser fornecido pelo presídio ou penitenciária; a média semanal é de 15 mil ligações realizadas) ou videoconferências nas unidades em que essa tecnologia já está disponível. Mais de 96% das unidades prisionais realizam visitas familiares por videoconferência. Esta modalidade continuará acontecendo mesmo diante da retomada das visitas.
Cuidados com quem já está preso: No caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde. Em todas as unidades em que há presos com covid-19 confirmados, a desinfecção do ambiente também é imediata e todos os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva.
Evitar o contágio via profissionais de segurança: Imprescindíveis para a segurança das unidades, os profissionais estão com as escalas de trabalho dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses servidores intra e extramuros.
Evitar a circulação de presos para realização de audiências: Foram instalados equipamentos para a realização de videoconferências judiciais em todas as unidades prisionais que estão, aos poucos, se adaptando para uso dessa ferramenta. Com isso, evita-se o deslocamento da maioria dos presos para o ambiente extramuros e diminui-se o risco de contágio pelo coronavírus.
Já foram realizadas mais de 18 mil videoconferências judiciais neste período de pandemia - uma parceria com o Poder Judiciário que deve se estender no período pós pandemia por resultar em ganhos positivos para todos os atores envolvidos.
Limpeza geral e desinfecção de ambientes: As áreas estruturais como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e, também, veículos estão passando por higienização reforçada, semanal, durante a pandemia.
Máscaras e EPIs: O sistema prisional está produzindo máscaras para uso nas próprias unidades e segurança de todos. No interior das unidades prisionais já foram produzidas 5 milhões de máscaras por custodiados. Todos os servidores são obrigados a circular no interior das unidades de EPIs e, a eles, este material é fornecido sistematicamente. Os presos também utilizam máscaras quando estão com algum sintoma suspeito ou quando pertencem a alas ou pavilhões onde outro detento foi testado positivo para a doença.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
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Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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