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Estado de Minas INFLUENZA

Na última etapa da campanha, vacina da gripe tem baixa procura em Minas

Imunização chega à última fase nesta quarta-feira (9/6), atingindo apenas um terço do público-alvo em todo o estado


09/06/2021 15:14 - atualizado 09/06/2021 16:05

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A vacinação contra a gripe em Minas chega à última etapa no estado nesta quarta-feira (9/6) com baixa procura. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, apenas um terço do público-alvo foi imunizado até o momento. 
 
A vacinação contra o vírus influenza vai até 9 de julho. Podem se imunizar pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, caminhoneiros, trabalhadores das forças de segurança e salvamento, trabalhadores do transporte coletivo de passageiros, rodoviário e urbano, integrantes das forças armadas, do sistema prisional, população privada de liberdade e adolescentes de 12 a 21 anos sob cumprimento de medidas socioeducativas. Em Belo Horizonte, cerca de 320 mil pessoas integram esses grupos.

A Prefeitura de BH também iniciou a terceira etapa da Campanha de Vacinação contra a Gripe, com cobertura abaixo da metade do público-alvo (41%). A primeira fase da campanha teve início no dia 12 de abril. Essa parcela de imunizados considera todos os grupos já contemplados – crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, professores e pessoas a partir de 60 anos –, que totalizam cerca de 800 mil pessoas. A cobertura vacinal indicada para garantir proteção de toda população é de 90%.
 
O público contemplado que ainda não compareceu aos locais de vacinação ainda pode se imunizar. Os trabalhadores da saúde que atuam em hospitais (públicos, filantrópicos e privados), SAMU, centros de saúde e UPAs estão sendo vacinados nas próprias instituições.  
 
Por medida de segurança, pessoas que receberam qualquer vacina, incluindo doses contra a COVID-19, precisam respeitar um intervalo mínimo de 14 dias para tomar a dose contra Gripe.
 
De acordo com a prefeitura, para ampliar o acesso e evitar aglomeração em locais de vacinação, as pessoas com comorbidades acima de 12 anos poderão receber a dose em unidades da Droga Clara e Araujo a partir de quinta-feira (10/6), além dos centros de saúde. A vacinação de idosos a partir de 60 anos continua disponível nessas unidades. Para serem vacinadas, as pessoas com comorbidades devem apresentar laudo, atestado ou exames. As crianças a partir de 6 meses com comorbidades podem se vacinar nos centros de saúde.
 
Nas drogarias são distribuídas senhas, sendo uma por usuário. O horário é das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 8h às 12h. Os endereços estão disponíveis no portal da prefeitura.
 

Como as vacinas funcionam

 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as vacinas contêm partes enfraquecidas ou inativadas de um determinado organismo (antígeno) que desencadeiam uma resposta imunitária do corpo. As mais recentes são compostas pela matriz para produzir antígenos, e não pelo próprio antígeno. 
 
A vacinação não só reduz as chances de um surto ou epidemia, mas também evita que a pessoa vacinada seja contaminada por uma doença potencialmente fatal, impedindo assim internações e gastos públicos em grande escala, com hospitais, medicamentos, tratamentos e potenciais reabilitações. 
 
Reação em comunidade
 
Embora a imunização seja feita individualmente, as vacinas não foram pensadas considerando-se apenas a proteção de indivíduos de forma isolada, mas de comunidades inteiras. A maioria das doenças evitáveis por vacina é transmitida de pessoa para pessoa, pelo contato com objetos contaminados ou quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contêm os agentes infecciosos, como é o caso da COVID-19.

A infecção pessoa a pessoa se espalha quando um transmissor entra em contato com uma pessoa suscetível. Se o transmissor só entrar em contato com indivíduos imunes, a infecção não vai além do caso inicial e é rapidamente controlada. Micaella lembra que essa cadeia de transmissão humano a humano pode ser interrompida, mesmo que não haja 100% de imunidade de certos grupos, porque os casos transmissores não têm contatos infinitos. 

Mesmo diante das estatísticas positivas, a imunização ainda enfrenta importantes barreiras a serem transpostas. Uma delas é a hesitação em se vacinar. A OMS listou esse fator como uma das 10 maiores ameaças à saúde global em 2019. 
 
A imunização é um direito humano, além de ser um componente fundamental da atenção primária. Poucas medidas em saúde pública podem ser comparadas ao impacto das vacinas, pois elas reduzem doenças, incapacidades e mortes por uma variedade de doenças infecciosas. 
 
Conforme dados da OMS, atualmente, existem vacinas para a prevenção de mais de 20 doenças fatais, evitando, assim, cerca de 2 a 3 milhões de mortes todos os anos por males como difteria, tétano, coqueluche, influenza e sarampo.
 
 


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