Jornal Estado de Minas

ASSASSINATO

Homem deportado dos EUA vai a julgamento em São Gotardo por homicídio

 
Um homem considerado foragido da Justiça brasileira desde 2008 e procurado pela Interpol desde janeiro de 2020 foi preso na sexta-feira (4/6), no momento em que desembarcava em Confins de um voo que trouxe brasileiros deportados dos Estados Unidos.




 
Ele é acusado pela morte de Reciel Gomes da Costa, em agosto de 2005, em São Gotardo, no Alto Paranaíba. De acordo com o processo, o homem assassinou a vítima com cinco tiros depois de uma discussão no distrito de Abaeté dos Venâncios.

O Ministério Público denunciou o réu por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil.

Com a chegada do acusado ao Brasil, o juiz Miller Freire de Carvalho, da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de São Gotardo designou audiência para interrogatório, por meio de videoconferência, para 12 de julho.

Depois do interrogatório, em julho, as partes vão apresentar argumentações finais e o magistrado proferirá decisão. Caberá a ele pronunciar ou não o réu, ou seja, determinando se ele será levado ou não a júri popular pelo homicídio.





Migração para os EUA


A denúncia foi feita em novembro de 2006. O acusado não foi encontrado para ser citado pessoalmente. Na ocasião, o oficial de Justiça que cumpria a citação foi informado que o homem havia migrado para os Estados Unidos, sem data prevista para o retorno. 

De acordo com informações do TJMG, o juízo da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de São Gotardo solicitou apoio à Polícia Militar para o cumprimento da prisão preventiva. Porém, o réu permaneceu nos Estados Unidos. 

No começo de 2020, a cópia do mandado de prisão foi remetida à Polícia Federal, para que o nome do réu fosse incluído na lista de pessoas procuradas pela Interpol.

Em julho de 2020 ele foi preso nos Estados Unidos. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também informou a prisão do réu naquele país pela violação das leis de imigração.



Teve início, assim, o processo de deportação pelas autoridades competentes.

Como o réu constituiu regularmente um advogado, o processo teve prosseguimento e foi realizada a audiência de instrução.

A Justiça iniciou os trâmites para formalizar o pedido de extradição do acusado, bem como fez tentativas de realizar o interrogatório por escrito ou por videoconferência.

Antes do início efetivo da extradição, entretanto, o processo de deportação iniciado pelos Estados Unidos foi bem-sucedido.

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