Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Hospital de Campanha de Divinópolis é parcialmente interditado

O Hospital de Campanha de Divinópolis, Centro-Oeste de Minas Gerais, foi parcialmente interditado na noite desta quarta-feira (9/6), pela Vigilância Sanitária. Irregularidades foram constatadas no sistema de ar comprimido do Centro de Terapia Intensiva (CTI – adulto) após denúncia registrada pela Comissão de Saúde da Câmara. 





O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) foi notificado a regularizar a situação no prazo de 12 horas a contar das 19h desta quarta. Até lá, o hospital, que funciona junto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), não poderá aceitar a internação de nenhum paciente no CTI. 

Os atendimentos serão mantidos normalmente. “O paciente que tiver que ser estabilizado será estabilizado, se for ambulatorial será atendido, mas para internação na UTI não pode enquanto não regularizar todas as irregulares em relação ao compressor e distribuição de gases", disse a diretoria de Vigilância Sanitária, Erika Camargos em live no Instagram do prefeito Gleidson Azevedo (PSC).

Quem necessitar de terapia intensiva terá que ser transferido.

Os pacientes do CTI, conforme constatado pela Vigilância Sanitária, estão recebendo oferta contínua de 100% de oxigênio devido a um problema no compressor e também na tubulação. O relatório da comissão apontou que a prática é nociva ao paciente, pois pode causar lesões pulmonares.





As bombas de infusão de medicamentos também são insuficientes. Os medicamentos que deveriam ser aplicados por meio delas estão ocorrendo por meio de equipo macrogotas.

Já sobre os medicamentos que integram o kit intubação, segundo a diretora, no momento da vistoria estavam normalizados.

A Prefeitura de Divinópolis não se manifestou, oficialmente, sobre o assunto até o fechamento desta matéria. Na live, o prefeito disse que irá exonerar os comissionados responsáveis por acompanhar o cumprimento do contrato com o IBDS.


Sem respostas


A vistoria foi provocada pela própria comissão. Após ficar sem as respostas solicitadas ao IBDS, os membros pediram que a Vigilância Sanitária tomasse providências.
 
Além da posição sobre os problemas relatados, a comissão pediu detalhes sobre a situação da ocupação hospitalar. 





O prazo para que a unidade regularize a situação termina nesta quinta-feira (10/6) às 7h. Entretanto, representantes da unidade, em live do prefeito, sinalizaram que não vão conseguir cumprir o prazo, pois não é suficiente para os equipamentos chegarem.

Eles disseram que a solução imediata é tentar a transferência de pacientes para outras unidades hospitalares. A regulação fica por conta do governo estadual.

O CTI do hospital de campanha conta com 30 leitos, 26 deles com pacientes. A unidade é referência para 53 municípios, população estimada em 1,2 milhão de habitantes.

A reportagem tentou contato com o IBDS e com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), porém não obteve retorno até o fechamento desta matéria. 

audima