A pandemia da COVID-19 provocou a perda de empregos e de renda de muitas famílias. Com isso, os índices de fome aumentaram no Brasil. Para tentar melhorar esta situação, o Instituto Kairós, entidade civil sem fins lucrativos, criou uma ação chamada “Quitanda Solidária”, que faz a doação de cestas de alimentos colhidos diretamente do produtor e incentiva a implantação de hortas nas comunidades carentes de Minas.
“A partir daí, criamos a ponte entre estes dois lados, para unir e beneficiar a todos”, afirma a fundadora do instituto.
Cada cesta contém no mínimo cinco quilos de alimentos, composta por oito a dez itens agroecológicos variados: verduras, legumes, frutas, temperos e tubérculos com capacidade para alimentar e suprir as necessidades nutricionais de quatro pessoas por uma semana.
Tudo é produzido de forma sustentável, por pequenos produtores de Brumadinho, Nova Lima e região.
Tudo é produzido de forma sustentável, por pequenos produtores de Brumadinho, Nova Lima e região.
De acordo com Rosana, este projeto, além de doar alimentos saudáveis para as famílias, ajuda também na criação da própria horta dentro das comunidades.
“A principal função da ação é promover a soberania alimentar, que significa dar a possibilidade das comunidades gerarem seu próprio alimento, decidir o que querem comer, como vão produzir e o que querem consumir. Visto que é um direito de todos”, ressalta Rosana.
“A principal função da ação é promover a soberania alimentar, que significa dar a possibilidade das comunidades gerarem seu próprio alimento, decidir o que querem comer, como vão produzir e o que querem consumir. Visto que é um direito de todos”, ressalta Rosana.
A primeira horta comunitária foi implantada no Bairro Água Limpa, em Itabirito, em parceria com o Projeto Socioeducativo C.A.B.A.L. Por lá, os moradores já começaram a colher seus próprios alimentos.
Rosana Oliveira Galdino, fundadora e presidente da C.A.B.A.L, diz que a horta mudou a vida das famílias, pois as pessoas estão aprendendo a plantar e comer melhor.
“O Instituto traz as mudas, leva a mão de obra ensinando, e a comunidade plantando. Acho lindo, porque entra também a terapia ocupacional, tem pessoas que fazem tratamentos psiquiátricos e, indo a horta, conseguem se distrair enquanto cuidam dos alimentos e ainda fazem amizades.”
“O Instituto traz as mudas, leva a mão de obra ensinando, e a comunidade plantando. Acho lindo, porque entra também a terapia ocupacional, tem pessoas que fazem tratamentos psiquiátricos e, indo a horta, conseguem se distrair enquanto cuidam dos alimentos e ainda fazem amizades.”
Além de Itabirito, a ação é realizada também na comunidade de Várzea do Sítio, em Raposos, que recebe as cestas por meio do apoio da Casa de Gentil. Já em Belo Horizonte, a distribuição é feita no Aglomerado da Serra em parceria com a Associação Comunitária de Moradores da Vila Cafezal e do Centro Cultural Lá da Favelinha.
Em Brumadinho, elas são distribuídas no distrito de Casa Branca em parceria com a Associação Comunitária do Parque das Águas, em Piedade do Paraopeba, e para o Asilo Lar de Idosos Padre Vicente Assunção, na sede do município.
A ação está presente também em Nova Lima. No município, a distribuição é realizada em Macacos, pelo próprio Kairós, que tem sede na comunidade.
A ação está presente também em Nova Lima. No município, a distribuição é realizada em Macacos, pelo próprio Kairós, que tem sede na comunidade.
Rosana Bianchini conta que as doações das cestas são feitas de acordo com o dinheiro que arrecadam com as doações, através da plataforma do instituto. "Assim conseguimos comprar os alimentos dos produtores e distribuir nas comunidades.”
Para quem desejar doar, o valor mínimo é R$25, que pode ser feito através do site, mas há também a opção para quem quiser se tornar um assinante e colaborar com doações mensais.
Uma única doação contribui para a alimentação saudável de famílias, o escoamento da colheita de pequenos produtores locais, a manutenção de práticas produtivas sustentáveis, autonomia das comunidades e o desenvolvimento local.
Uma única doação contribui para a alimentação saudável de famílias, o escoamento da colheita de pequenos produtores locais, a manutenção de práticas produtivas sustentáveis, autonomia das comunidades e o desenvolvimento local.
“Quando as comunidades conseguem os locais para implantação das hortas, ganham autonomia para produzir o próprio alimento e, ao invés de doarmos as cestas, passamos a realizar semanalmente assessoria técnica para o cultivo agroflorestal. Com isto, conseguimos direcionar as doações para outras novas comunidades que estão necessitando dos alimentos dando oportunidade a mais famílias serem beneficiadas.”, explica a fundadora.
Nesta sexta-feira (11/6), o Instituto implantará mais uma horta, desta vez no Aglomerado da Serra, a partir das 8h. Também será realizada a doação de cestas para as famílias, até que os alimentos da nova horta começem a dar frutos e possam ser consumidos.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira