A ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 sofreu o terceiro aumento consecutivo em Belo Horizonte nesta quinta (10/6). O índice saiu de 77,7% para 78,2%, conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura.
Assim, o indicador permanece na zona crítica da escala de risco, já que está acima dos 70 pontos porcentuais. Isso acontece desde 26 de fevereiro – 104 dias seguidos.
Por outro lado, o percentual de uso das camas de enfermaria caiu na cidade: de 60,5% para 58,7%. Portanto, a taxa continua na zona de alerta, entre 50% e 70%. Esse é o quadro desde 12 de abril.
Já a taxa de transmissão do coronavírus por infectado se manteve em 0,95. Assim, a cada 100 casos de COVID-19 na capital, em média, mais 95 são registrados nos últimos sete dias.
O chamado fator RT está na área controlada da escala de risco, abaixo de 1.
Os indicadores da pandemia em BH estão estáveis nas últimas semanas. São registradas apenas leves variações para baixo ou para cima.
Porém, há chance de isso mudar a partir da próxima quinta (17/6), quando a prefeitura começa a perceber os efeitos do feriado prolongado de Corpus Christi.
O dia dos namorados é outra preocupação. Apesar disso, a prefeitura estendeu o horário de funcionamento dos bares e restaurantes até 1h no próximo fim de semana para que os empresários do setor recuperem parte das perdas da pandemia.
Casos e mortes
Belo Horizonte chegou a 219.074 diagnósticos confirmados da COVID-19 nesta quinta: são 5.324 mortes, 7.370 pessoas em acompanhamento e 206.380 pacientes recuperados.
O número total de mortes aumentou em 34 no comparativo com o balanço anterior, o que está próximo da média do mês de junho (32 óbitos por balanço).
Na capital, morreram 2.869 homens e 2.455 mulheres vítimas da COVID-19. A imensa maioria tinha mais que 60 anos, mas também há quatro mortes entre crianças de 1 a 4, um pré-adolescente entre 10 e 14 e um adolescente entre 15 e 19 anos.
Vacinação
Belo Horizonte vacinou 949.073 pessoas contra a COVID-19 com a primeira dose até esta quinta. Outras 408.677 já receberam a segunda.
Portanto, a capital mineira vacinou 46,6% do seu público-alvo com a primeira injeção. Por outro lado, 20,1% desse mesmo contingente completou o esquema vacinal.
Segundo números da prefeitura, 56.842 profissionais da educação já tomaram a primeira dose do imunizante. Boa parte deles já volta a trabalhar no próximo dia 21, após convocação de aulas presenciais na rede municipal para o ensino fundamental.
Além deles, 183.129 trabalhadores da saúde, 16.928 servidores da segurança pública, 462.296 idosos acima de 60 anos e 179.213 pessoas do grupo de risco, gestantes e puérperas receberam a injeção.
A população entre 55 e 59 anos, que começou a receber a proteção nesta semana, representa 38.566 dos vacinados. Outros grupos, como os garis e os motoristas de ônibus, receberam 12.099 aplicaçãções de primeira dose.
A cidade recebeu 1.671.985 imunizantes para se proteger da COVID-19 até este boletim: 808.565 da CoronaVac (Sinovac/Butantan), 700.676 da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz) e 162.744 da Comirnaty (Pfizer).
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
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Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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