Em mais um dia de campanha, Belo Horizonte vacina nesta sexta-feira (11/6) pessoas de 56 anos sem comorbidades contra a COVID-19. Além da faixa etária, outros grupos prioritários, como os trabalhadores do transporte público, também continuam sendo contemplados na programação de imunização da capital.
Tairo Filazzola, de 56 anos, foi ao posto drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para garantir a primeira dose da vacina. Para ele, a espera por esse momento foi carregado com o sentimento de angústia. “A gente fica na expectativa de ter logo a imunização o mais rápido possível pela importância disso. Principalmente pelo contexto geral brasileiro”, disse.
Desde o início da pandemia, ele trabalha fora de casa, como profissional do setor de vendas, em um centro comercial e tem contato regular com outras pessoas. Tairo disse que, assim como para sua área, a vacinação é fundamental para em primeiro lugar garantir a saúde da população e, em segundo, para que o comércio consiga se restabelecer da crise financeira vivenciada atualmente no país.
“Para mim, essa vacinação é fundamental para preservar a nossa vida e a de outras pessoas também. Há todo momento temos notícias de perda de pessoas do nosso convívio. Então temos que fazer o nosso dever de casa para que o maior número de pessoas fiquem imunizadas o mais rápido possível. Só assim que a gente vai conseguir voltar a abraçar as pessoas, cumprimentar, promover reuniões e também ter o comércio restabelecido, como precisamos”, relatou.
Tairo também dá o recado para aqueles que não querem se vacinar contra o coronavírus: “O único efeito colateral que tem nessa vacinação foi o que eu tive: uma emoção muito grande e alegria imediata de já estar no processo de imunização.”
Um pouco mais tarde do que o esperado
Osvaldo Garcia, de 52 anos, Ronald Francisco, de 39, e Adelson Gomes, de 48, foram juntos receber a primeira dose da vacina no drive-thru da UFMG. O grupo de amigos atua como motorista de ônibus rodoviários em uma empresa de Belo Horizonte. Eles enfrentam de frente os desafios do trabalho diário com o público durante a pandemia.
Para Osvaldo, a imunização é um alívio, mas acredita que, devido ao risco de contaminação de sua atividade, a proteção poderia ter vindo mais cedo. “Ficamos um pouco inseguros. Tantos grupos já foram vacinados, como agora os professores. Veio a pandemia há mais de um ano e nós a encaramos. Lidamos do mesmo jeito com as pessoas, nosso serviço não parou. No meu pensamento, atrasou um pouco. Já era para termos sido vacinados”, disse o trabalhador.
Ronald relata o alívio de não ter sido infectado durante todo o período pandêmico, mas relembra o medo de estar em maior vulnerabilidade por causa do trabalho. “Estamos andando com várias pessoas, em vários lugares, por isso acho que deveríamos ter nos vacinado mais cedo. Mas chegou em boa para gente. Falamos que agora estamos 50% mais protegidos (até a segunda dose). Estou bem mais tranquilo”, disse.
Já para Adelson, a expectativa agora é poder trabalhar mais confiante de que estar mais seguro contra o coronavírus. “Foi difícil durante esse tempo, mas antes tarde do nunca, né? Me sinto mais confortável agora que estou imunizado. Mas, com certeza vou continuar me cuidando”, afirmou.
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