Segundo a delegada Gabriela Pádua, o principal vestígio do crime foram as pegadas que saíam da cena, chegando até a casa do casal suspeito. Eles alegaram que tinham ido até um bar na noite anterior, ingeriram bebidas alcóolicas e quando voltaram para casa, tiveram uma briga e se agrediram.
Ambos estavam com manchas de sangue e a mulher apresentava um corte na perna, mas eles disseram que tudo se tratava da briga, porém os policiais desconfiaram de suas versões e os levaram presos em flagrante.
Durante as investigações, a PCMG realizou uma reconstituição do caso e chegaram a conclusão que a vítima estava num bar na noite anterior ao crime e pouco tempo depois, o casal chegou. Percebendo que o homem tinha alguma quantia de dinheiro, eles fingiram ser primos para a mulher atraí-lo até outro local.
Conversando e bebendo juntos, a mulher convidou a vítima para sua casa, mas ao chegar no local ele não quis entrar. Então, ela pediu que o homem aguardasse do lado de fora, entrou em casa e neste momento, seu marido colocou uma faca na cintura da vítima.
Eles começaram a descer o lote para entrar na casa e o suspeito deu a primeira facada na vítima. Sem entender o que estava acontecendo, o homem correu para pedir socorro, mas foi alcançado pelo casal e levou outras facadas, morrendo no local.
Após praticar o crime, o casal roubou a carteira e outros objetos da vítima, compraram bebidas alcóolicas e ao voltar para a residência, o marido pediu ajuda para enterrar o homem, mas a mulher alegou sentir dores nas pernas, que foram atingidas pelos golpes de faca, e dormiu.
Neste momento, o homem pegou o corpo da vítima, levou até o carro e tentou ligar o veículo, mas por problemas mecânicos não teve sucesso.
Para encobrir o crime, o suspeito decidiu atear fogo no corpo e no carro, indo para casa em seguida. Pouco tempo depois a polícia bateu à sua porta por terem encontrado as pegadas.
Com todas as provas, a Polícia Civil constatou o latrocínio e indiciou o casal pelo crime, que pode dar pena de 20 a 30 anos de reclusão. Agora eles estão presos e à disposição da Justiça.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira