Durante a pandemia, com o afastamento social e até isolamento, eles enfrentaram a contaminação nas estradas transportando mercadorias essenciais para as cidades. Agora, em Belo Horizonte, chegou a vez de os caminhoneiros ganharem proteção com a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
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Em tempo de pandemia, casais vencem o medo por amor, mas adotam prevenção Araxá vai vacinar profissionais de educação e saúde até dia 18/6Saiba quem se vacina contra a COVID-19 em BH nesta semanaObra da Cemig interrompe faixas do Anel Rodoviário até as 14hCinquentões comemoram vacinação, mas reclamam da demora para a vez delesCOVID-19: saiba quantos são os casos e mortes pela doença em MG"É mais segurança para nós nas estradas. A gente roda para tudo em quanto é lado e não sabe como está a situação em outros estados e até mesmo em outras cidades. Muito importante, então, tomar essa vacina aqui, além de aumentar a nossa esperança de que tudo acabe. Vacina para todos", disse o carreteiro Cássio Alves Gomes, de 41 anos, um dos primeiros a receber uma aplicação de vacina no Posto de Saúde São Francisoc, na Região da Pampulha. O local fica próximo à entrada para o Anel Rodoviário de BH, da Avenida Presidente Atônio Carlos.
"A vacina para o caminhoneiro é essencial, porque nós somos a linha de frente. Somos nós que transportamos o Brasil nas costas, para baixo e para cima, faça chuva ou faça sol, com pandemia ou com saúde", destaca o motorista de caminhão Ronaldo da Costa Morais, de 49, que também aproveitou o posto de saúde próximo à rodovia.
No Posto de Saúde do Bairro Goiânia, na Região Nordeste, próximo às saídas rodoviárias para a BR-381 e a BR-262, o movimento dos caminhoneiros e pessoas aptas à vacinação foi um pouco maior, concentrando cerca de 20 pessoas na fila, no início da manhã.
"Trabalho pelos correios e circulo muito. A vacina ai ser uma segurança para a agente entregar as mercadoriasprincipalmente de quem não pode mais abrir a loja e precisa vender. Para todos nós é importante prevenir para voltar a vida ao normal, Deus é conosco", disse o caminhoneiro Wanderson Rodrigues de Almeida, de 45 anos, que foi vacinado no posto.
Segundo a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), 11.527 motoristas de caminhão registrados ou que trabalham para empresas da capital mineira preencheram um cadastro que foi aberto para a categoria entre as 8h horas do dia 5 de junho e as 23h59 do dia 7 de junho. Os profissionais devem ter entre 18 e 59 anos completos até 30 de junho.
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNOV), são considerados, para fins de vacinação prioritárias nesse grupo, o “motorista de transporte rodoviário de cargas", inde é destacado ser “solicitado documento que comprove o exercício efetivo da função de motorista profissional do transporte rodoviário de cargas (caminhoneiro)” no momento da vacinação.
Os horários de vacinação nos postos fixos e extras, será das 7h30 às 14h e nos postos drive-thru, das 8h às 14h. Os endereços estão disponíveis no site da PBH.
No momento da vacinação, o público precisa:
- comprovar ser caminhoneiro registrado ou que trabalha para empresas de Belo Horizonte
- Ter realizado cadastro prévio pelo Portal da PBH
- Apresentar carteira de habilitação de categoria C, D ou E
- Não ter recebido vacina contra a COVID-19 nem qualquer outra vacina nos últimos 14 dias e
- Não ter tido COVID-19 com início de sintomas nos últimos 30 dias.
Para mostrar que exerce a profissão, o caminhoneiro pode trazer:
- Comprovante de pagamento (contracheque) emitido nos últimos 3 meses pela empresa localizada em Belo Horizonte
- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) assinada pela empresa localizada em BH
- Contrato de trabalho
- Cópia de inscrição atualizada do ISS
- Última Nota Fiscal emitida para empresa de transporte
- Declaração de vinculação ativa como caminhoneiro ou
- Certificado de Registro Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas.
Nos postos, todos devem estar de máscara e respeitar o distanciamento nas unidades. O ideal é que o caminhoneiro evite ir acompanhado ou leve, no máximo, um acompanhante, para evitar aglomerações.
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