A pandemia de COVID-19 já causou a morte de quase meio milhão de brasileiros mortos. Por isso, a Igreja São Gonçalo, em Contagem, Região Metropolitana de BH, amanheceu nesta segunda-feira (14/6) com mais de mil cruzes na escadaria, que representam a vida de milhares de pessoas perdidas em decorrência do vírus.
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COVID-19: Minas ultrapassa 43 mil mortes e 1,68 milhão de casos na pandemiaPampulha, em BH, tem domingo lotado com reabertura de parquesCOVID-19: acesso ao Cristo em Poços de Caldas é fechado após aglomeraçõescoronavirusmgBH: enfermeiros protestam por piso salarial e marcam paralisação para 30/6Guaxupé registra mais casos com variante P1 do coronavírus e aperta o cercoEla criticou a forma que a pandemia tem sido conduzida. “Estamos praticamente há um ano e meio de pandemia e temos quase 500 mil mortes. A proposta é chamar atenção do poder público, que tenha mais consideração com essas vidas perdidas e outras que possam vir a se perder”, afirmou.
Para Denisia, a única resposta para evitar mais mortes é que a sociedade se mobilize por vacinas. “Acho que toda sociedade tem que se mobilizar por esta causa, a gente tem que chamar atenção do poder público para que todo mundo possa perceber que já está na hora disso parar. Qual é a forma que a gente pode salvar o mínimo desse estrago que foi feito? Com a vacina”, ressaltou.
Participam do protesto o Coletivo Geração GK, o Núcleo de Incentivo à Cidadania (NIC), a Sociedade Mineira de Mulheres (SMM), a Sociedade de Util. Pública do Bairro Nacional e a Ação da Mulher Trabalhista (AMT). Leia o manifesto na íntegra:
“Há 15 meses acompanhamos com apreensão o aumento do número de mortes pela Covid-19. O ambiente em que o Brasil se encontra é simplemente caótico e aterrador. As mortes, mesmo em um cenário decrescente é ainda na casa das 3 mil diárias já chegando a quase meio milhão de vidas ceifadas por essa doença.
Há um luto coletivo pela tristeza de tantas vidas perdidas, de tantos sonhos interrompidos, de tantas famílias sem pai e sem mãe, de tantos filhos sem colo e de tantos abraços, risadas e amigos que se foram. Se foram cedo demais.
Simplesmente porque muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas caso o Brasil tivesse um comando central e uma gestão voltada para promover a saúde e orientar a população sobre os protocolos sanitários, utilizados em todo o mundo, mas que infelizmente em nosso país viraram piada, escárnio e descrédito.
As falas anticientíficas que banalizam uma doença grave e mortal em nada ajudaram a poupar vidas de brasileiros e brasileiras no atendimento a saúde.
Para a população pobre e moradora das periferias das grandes cidade há um sentimento de que todos os que sempre ignoraram e se omitiram são os que agora não se mobilizam diante dessa situação emergencial e totalmente fora do controle na qual nos encontramos.
Vivemos um momento mundial extremamente grave que exige governos comprometidos com a saúde geral da sociedade onde decisões rápidas devem ser tomadas para salvar vidas, já que uma doença que mata com 4,5 dias não pode esperar.
Temos vivido rodeados pela morte.
Você certamente conhece alguém que já não está mais aqui vítima da COVID-19.
Se é seu caso, lamentamos seu luto.
Se você está saudável, se cuide. Se proteja e proteja aqueles que você ama.
Precisamos de você aqui.
Precisamos de você na nossa luta.”
COVID-19
O Brasil registrou nesse domingo (13/6), mais 1.129 mortes por coronavírus, de acordo com dados do Ministério da Saúde, somando 487.401 óbitos. Desde o início da pandemia, o país já teve 17.412.766 infectados.
Enquanto isso, 54,6 milhões de brasileiros tomaram a primeira dose da vacina, que corresponde a 25,79% da população. Já a segunda dose foi aplicada em 23.659.355, o que dá 11,17%.
Em Minas Gerais, o número total de mortes chega a 43.154, sendo 30 óbitos de domingo para segunda. 1.684.962 de mineiros foram infectados pelo novo coronavírus, enquanto 1.862 casos foram notificados nas últimas 24 horas.
A vacinação em Minas segue o mesmo nível nacional, com 5.428.474 da primeira dose aplicadas, ou seja, 25,5% da população mineira. Desses, 2.542.292 de pessoas garantiram a segunda dose, que corresponde a 11,94%.
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