Obra prevista no Programa de Mobilidade do Projeto de Lei nº 2.508/21 a ser votado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a construção do Rodoanel na Grande BH se tornou também uma reivindicação dos caminhoneiros de Contagem para melhorar o fluxo do trânsito no local.
O novo anel viário será erguido com a aplicação de R$ 11 bilhões que virão do acordo entre a Vale e o governo de Minas Gerais para reparação dos danos da tragédia de Brumadinho.
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Aparelho de ponta vai auxiliar na avaliação e tratamento da COVIDVândalos atacam posto de vacinação contra a COVID em Pouso AlegreCOVID-19: Funed participa de estudo sobre primeiro caso de reinfecção em MGRodoanel Metropolitano tem novo traçado para evitar impactos ambientaisRodoanel da Grande BH tem queda de braço decisivaA ideia é que o anel viário tenha 100 quilômetros de extensão — com nove quilômetros em Brumadinho e outros 18 em Betim e Contagem, além de 20 quilômetros às margens de municípios atingidos pelo rompimento. Três alças da rodovia devem passar pelas áreas afetadas pelo derramamento de lama, em janeiro de 2019.
A expectativa é de que o Rodoanel possa desafogar o trânsito de Belo Horizonte, o que pode evitar acidentes. A condução da intervenção caberá ao Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG).
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Contagem, Gilmar Ferreira de Carvalho, considera que a melhoria da malha rodoviária pode significar mais facilidade e economia para os trabalhadores dos transportes de carga que enfrentam o trânsito da Região Metropolitana diariamente.
“O Anel Rodoviário é um dos principais corredores econômicos para o transporte de cargas. Ele abastece as regiões de Belo Horizonte e é a única via de transposição para outros estados, com a interligação da BR-381, ao Sul e Leste, e das BRs-536 e 040, ao Sul e Norte. O Rodoanel irá permitir a utilização de novas redes de corredores econômicos na RMBH, o que permitirá reduzir o fluxo de veículos na via, diminuindo a estatística de acidentes. Ganharemos em tempo e também na economia de combustível com a utilização desta via”, explica Carvalho.
Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), quase 70% das estradas mineiras, (10.526 km), estão classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Cenários de gravíssimos acidentes, com milhares de vítimas e feridos, além de enormes prejuízos causados, principalmente aos caminhoneiros. Somente no Anel Rodoviário, entre 2006 e 2017, houve mais de 25 mil acidentes, com 319 mortes e 11 mil pessoas feridas, de acordo com a Polícia Militar.