O Parque Natural Municipal das Andorinhas (PNMA), local onde se encontram as nascentes mais altas do Rio das Velhas, um dos principais rios que abastecem a capital mineira e afluente importante do Rio São Francisco, será revitalizado.
A prefeitura de Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais, retomou parceria com a Fundação Gorceix para a revitalização do parque.
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A retomada do convênio faz parte do Plano de Manejo do Parque, criado em 2016, em que a Fundação Gorceix continuará responsável pela gestão e execução do projeto de gerenciamento do Parque Natural Municipal das Andorinhas, envolvendo ações ligadas à educação ambiental e patrimonial, à operacionalização administrativa, proteção do ecossistema e pesquisas.
De acordo com secretário de Meio Ambiente, Chiquinho de Assis, o prazo de vigência do convênio é de um ano e poderá ser renovado. A prefeitura ficará responsável com a parte de limpeza e vigilância do parque e a equipe para a função está sendo contratada.
“O parque foi encontrado em estado de total abandono. Houve uma destruição completa da portaria, banheiros e placas de sinalização. Além disso, o local passa por ausência de vigilância”.
O secretário de Meio Ambiente afirma que as atividades do plano de manejo foram totalmente ignoradas pela gestão municipal anterior, sendo que a Fundação Gorceix rompeu o contrato e deixou de atuar no parque por causa de uma ação de inadimplência do município com a instituição.
Outras parcerias
O secretário afirma que a preservação do Parque Natural Municipal das Andorinhas é de grande importância para a Região Metropolitana de Belo Horizonte por causa do Rio das Velhas, primordial para o abastecimento de água da capital
Para viabilizar as ações de preservação foi criado o Subcomitê Nascentes, em 2014, que compõe o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, com o objetivo de promover a recuperação hidroambiental da Unidade Territorial Estratégica (UTE) Nascentes, em Ouro Preto.
O Subcomitê Nascentes tem feito ao longo do tempo diversas solicitações à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), uma delas é a adequação e manutenção das estradas vicinais dos distritos de Santo Antônio do Leite e São Bartolomeu.
“Essa ação se chama Pró-mananciais e é uma compensação ambiental da Copasa pelo uso da água do Rio das Velhas, que tem o Parque das Andorinhas como grande nascente, e que abastece Belo Horizonte e entornos. Mesmo não atuando em Ouro Preto, mas fazendo o uso desse recurso hídrico, a empresa tem iniciativas para a região, que já contemplam o distrito de São Bartolomeu com a revitalização das estradas” conta.
Para o secretário, essas são as ações que a atual gestão vem buscando, dentro do cardápio das demandas do programa Pró-mananciais.
As ações consistem em cercamento de nascentes e de matas ciliares, plantio de mudas nativas, construção de bolsões, barraginhas, terraceamentos e aceiros, adequação e tratamento pluvial das estradas e construção de rede de esgoto na área rural.
As ações consistem em cercamento de nascentes e de matas ciliares, plantio de mudas nativas, construção de bolsões, barraginhas, terraceamentos e aceiros, adequação e tratamento pluvial das estradas e construção de rede de esgoto na área rural.
Chiquinho de Assis conta que a prefeitura, por meio do Pró-mananciais, tem também solicitado à Copasa participação nas ações de gestão do Parque Natural Municipal das Andorinhas.
O Parque
O Parque Natural Municipal da Cachoeira das Andorinhas foi criado em 1968 e abrangia uma área de um quilômetro de raio, tendo como ponto central a própria Cachoeira das Andorinhas.
Em 2005, a Câmara Municipal de Ouro Preto aprovou o projeto de Lei 69⁄05 estabelecendo novos limites para a Unidade de Conservação (UC), que também passou a ser denominada de Parque Natural Municipal das Andorinhas (PNMA).
Atualmente, o parque abrange uma área total de 557 hectares e tem como principal objetivo resguardar e proteger a flora, a fauna e demais recursos naturais.