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Estado de Minas PANDEMIA

Secretário de Saúde afirma que BH recebe menos vacinas que outras capitais

Segundo Jackson Machado, a comparação leva em conta a proporção da população das capitais em relação à população dos estados


15/06/2021 15:44 - atualizado 15/06/2021 19:16

Secretário Jackson Machado em entrevista coletiva na sede da PBH(foto: Alexandre Gusanshe/EM/D.A Press)
Secretário Jackson Machado em entrevista coletiva na sede da PBH (foto: Alexandre Gusanshe/EM/D.A Press)
Belo Horizonte é uma das capitais do Brasil que recebem um número menos de doses de vacinas contra a COVID-19. A informação foi passada pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, em entrevista coletiva na sede da prefeitura, nesta terça-feira (15/6).

 

O secretário comparou a vacinação da capital mineira com a de outras capitais do país e afirmou que não vai anunciar um cronograma de vacinação, como fez o governo do estado, se não tiver garantia de receber doses. 

Segundo a PBH, o Ministério da Saúde estabeleceu dois critérios para os estados distribuírem as vacinas entre seus municípios: a população proporcional a cada público contemplado (tais como idade e comorbidade) e a adesão à campanha de vacinação da gripe em anos anteriores.

 

"Por esse critério, Belo Horizonte tem direito a algo em torno de 14% dos imunizantes destinados a Minas Gerais. Na semana passada, no entanto, o índice foi de 3,3% – sem que a administração municipal fosse comunicada previamente e nem apresentada qualquer justificativa", informou a prefeitura em nota.


"Apesar de BH representar uma população de 12% da população estadual", complementou o secretário. 

 

Segundo Jackson, entre 12 capitais brasileiras, Belo Horizonte é a que recebe a vacinas em menor proporção.

O secretário comparou o repasse de BH com algumas dessas capitais: "São Paulo (SP) tem 26% da população do estado e recebe 27% das vacinas. O Rio de Janeiro (RJ) possui 39% do percentual e recebe 44%. Porto Alegre (RS) tem 13% e recebe 16%", afirmou.

Confira os dados:

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)


Segundo Jackson, 50 mil pessoas deixaram de ser vacinadas em BH já que o governo de Minas não repassou o número de imunizantes esperados. O número de doses recebido este mês não é suficiente para a ampliação da vacinação para novos grupos.

"Na última remessa do estado, esperávamos receber em torno de 70 mil doses, correspondente a 12% do que o estado recebeu. Recebemos, para nossa surpresa, 19 mil, ou seja, 3,3%", disse Jackson.

Vacinação por idade em BH 


Segundo Jackson Machado, poucas capitais estão vacinando por faixa etária. "São Luís (MA) está vacinando 28 anos, Manaus (AM) está em 40, Salvador (BA) está em 50, Vitória (ES) está em 45. Por que isso? Porque as doses que deveriam vir a BH não vieram. Se tivessem vindo, mais belo-horizontinos estariam sendo vacinados", disse o secretário. 

De acordo com ele, o público de 53 a 55 anos sem comorbidades teria vacinado se o número combinado tivesse sido repassado.

A administração municipal também estuda a possibilidade de vacinar grávidas sem comorbidade. "Mas não temos vacina", complementou.

PBH vai comunicar o recebimento menor de vacinas e também o menor número de  medicamentos do kit intubação ao Ministério Público e ao Ministério da Saúde. 

Cronograma para vacinação em MG


Mais cedo, o governo de Minas anunciou o cronograma completo de vacinação contra a COVID-19 no estado. A previsão é vacinar, com a primeira dose, todo o público-alvo (mineiros com 18 anos ou mais) até outubro deste ano.

 

O plano foi anunciado pelo secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti, em uma apresentação seguida de entrevista coletiva. Ele frisou, contudo, que o cenário ainda é de perspectiva, a depender da distribuição das doses pelo Ministério da Saúde.

O secretário afirmou que Minas deve receber cerca de 10% das doses distribuídas pelo ministério. Cerca de 38 milhões para junho, 35 milhões para julho, 68 milhóes para agosto, 62,5 milhões para setembro e 65 milhões para outubro.

Ao ser questionado sobre o anúncio do estado, o secretário de BH disse: "Temos condição perfeita de seguir qualquer determinação. Desde que nos enviem as doses. Se não nos enviarem, vai ser impossível seguir esse cronograma'', afirmou Jackson. 


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