As investigações estiveram a cargo dos policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, integrante do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), que apuraram que a extração ilegal ocorria diuturnamente e que os envolvidos desviavam de barreiras policiais.
Segundo o delegado João Prata, as investigações apontam para várias empresas de fachada, que atuavam no esquema de atividades lícitas.
“São organizações criminosas voltadas à extração ilegal de minerais, usurpação de bens da união, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores destinados ao enriquecimento ilícito. Tais empresas agiam sob a égide legal de beneficiamento e reprocessamento de refratários usados, sucatas metálicas e escórias, aproveitando-se do fornecimento de minério de ferro por meio de extrações ilícitas.”
Levantamentos apontaram que teriam sido extraídas e beneficiadas ilegalmente cerca de 750 toneladas de minerais por dia.
Foi constatado um fluxo intenso de caminhões durante o monitoramento, causando prejuízos ambientais e financeiros por ocasião da sonegação fiscal.
As diligências, segundo o delegado, continuam no intuito de pormenorizar e individualizar as participações de cada envolvido, bem como identificar e qualificar outros, seja pessoa física ou jurídica, que integram a organização criminosa.