Após ser cobrado pela Prefeitura de BH para repassar mais doses de vacinas contra a COVID-19, o governo de Minas Gerais recebe pressão, também, das lactantes. A gestão de Romeu Zema (Novo) chegou a anunciar a inclusão do grupo na próxima etapa de imunização, mas recuou.
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“Causa-nos estranheza, após postagem na própria página do governador Romeu Zema, a publicação, no site da Secretaria de Saúde, de novo texto que exclui as lactantes da previsão de vacinação”, escreveu no Instagram a página Lactantes pela Vacina MG.
Em nota, a Saúde estadual informou que “a expectativa é de que as lactantes passem a integrar o grupo prioritário para receber a vacina contra COVID-19 após aprovação de nota técnica com essa determinação”.
De acordo com a pasta, uma reunião sobre o tema “está prevista para acontecer ainda nesta semana”.
Secretário se pronuncia
O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que para a inclusão das lactantes, será necessário a publicação de uma nota técnica da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), o que deve ocorrer na próxima semana. Ele deu detalhes sobre a questão em coletiva na manhã desta terça (15/6).
"Isso deve ocorrer esta semana para que as lactantes sejam também deliberadas como grupo prioritário. Essa deliberação ainda faltava a nota técnica da equipe da técnica da secretaria para corroborar então esta discussão, e foi deixado para esta semana esta discussão, que tudo indica também será deliberado que lactante também é um grupo prioritário", afirmou.
Nesta terça, além de receber cobranças da PBH, a administração estadual anunciou um calendário para imunização de toda população acima dos 18 anos até outubro. Esse cronograma prevê apenas a primeira dose até a data.
Até o momento, Minas Gerais imunizou 5,5 milhões de pessoas com a primeira dose (25,87% de cobertura) e 2,5 milhões com a segunda (12,07%).