Jornal Estado de Minas

TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO

Mesmo com vacinação de docentes, sindicato é contra aula presencial em BH

 

Após a volta às aulas em Belo Horizonte ir parar na Justiça, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) mantém posição contrária ao retorno do expediente presencial neste momento. ´






Para Daniel Wardil, diretor do Sind-Rede/BH, a prefeitura precisa garantir meios para permitir a educação a distância. "Hoje, os professores trabalham com recursos próprios. Não têm computador, pagam internet do próprio bolso. Não há controle da pandemia, então um retorno coloca a comunidade escolar em risco", afirma.

O Sind-Rede/BH representou os professores da rede pública municipal nas reuniões entre a PBH, a Defensoria Pública de Minas Gerais e a rede particular.

Nesta quarta-feira (16/6), a Defensoria informou que a prefeitura não deu posição sobre as propostas apresentadas na reunião de segunda (14/6). O órgão esclareceu que não debate mais a questão com a gestão Alexandre Kalil (PSD).



Opinião sem medo e a volta às aulas: adultos incompetentes espetam a conta na criançada

No entanto, Daniel Wardil, do Sind-Rede/BH, afirma que o sindicato não se alinhou com as propostas da Defensoria no encontro de segunda. Para ele, as medidas levantadas atendem às pressões das escolas particulares.

A decisão agora cabe à Justiça. A Vara Cível da Infância e Juventude, com sede na Avenida Olegário Maciel, é quem acata ou não o pedido de liminar da Defensoria.

Na ação, a autoridade pede o retorno integral das aulas on-line em 15 dias. Caso isso não aconteça, a volta aconteceria depois de duas semanas de maneira presencial, do ensino infantil ao médio.

"Houve desrespeito muito grande da prefeitura, não só com as propostas, mas também com a comunidade escolar. Se o Executivo não tomar essa decisão, a Justiça vai. O prejuízo (pedagógico e social) é irrecuperável", afirmou Daniele Bellettato Nesrala, defensora pública da Infância e Juventude cível.





 

Em nota, a PBH informou que "foi enviado ofício à Defensoria Pública pedindo o adiamento do prazo até segunda-feira, dia 21. A solicitação foi feita para que haja uma análise minuciosa pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19".

 

 

Vacinação

 

Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura desta quarta, 59.882 trabalhadores da educação já receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19. Nenhum completou o esquema vacinal de duas injeções. 

 

Além dos professores, BH já imunizou outras quatro categorias profissionais: os motoristas, os trabalhadores da saúde, os servidores das forças de segurança e salvamento e aqueles que trabalham com gestão de resíduos sólidos.  

 

A cidade registra 224.976 casos confirmados de COVID-19: 5.487 mortes, 7.088 pacientes em acompanhamento e 212.401 pessoas recuperadas.  

audima