Jornal Estado de Minas

MINERAÇÃO

Vale mantém restrição de circulação na barragem de Xingu


 
Em nota divulgada hoje (16) à imprensa, a mineradora Vale informou que o acesso de trabalhadores e a circulação de veículos na zona da inundação da barragem Xingu continuam suspensos. A restrição inclui a área da mina Alegria, em Mariana, Região Central de Minas Gerais, obedecendo o termo de interdição lavrado pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT).




 
Está sendo permitido apenas, "mediante rigoroso protocolo de segurança", o ingresso de pessoas que trabalham nas atividades de estabilização da estrutura e nas ações estruturantes para implementação do trem não tripulado.

Segundo a Vale, após a interdição, tiveram início os testes para implantação de trem não tripulado, com carga reduzida. Durante essa fase, a empresa explicou que há menor circulação de composições no ramal, com velocidade reduzida e com retorno gradual da carga transportada.
  
Depois de sua integral implementação, o trem não tripulado percorrerá trecho de 16 quilômetros por meio de sistema de controle integrado, capaz de realizar operações de aceleração e frenagem dinâmica de forma automática.




 
A expectativa da Vale é que, ao final dos testes e da implantação, que devem durar e um a dois meses, a usina de Timbopeba seja capaz de manter a operação em cerca de 80 a 100% de sua capacidade diária de 33 mil toneladas de minério de ferro.
 

Entenda o caso

 

Interditada pela ANM desde março de 2020, a barragem do Xingu não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos. Entretanto, alguns trabalhadores ainda executavam atividades no local.

 

No início de junho, a Vale paralisou a operação de trens que circulam em um dos ramais da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

 

A medida foi adotada em atendimento a uma decisão do Ministério da Economia, que determinou a interdição de atividades em áreas próximas à barragem Xingu.





 

A Barragem Xingu permanece em nível 2 de emergência, em uma escala que vai até 3, conforme Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), em que não há risco iminente de ruptura, destacou a companhia.

 

"A inexistência de risco iminente ou alteração na condição da estrutura foi reforçada após visita técnica realizada em 15/06/2021 pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A segurança da estrutura foi e continua a ser objeto de constantes melhorias. A barragem é monitorada e inspecionada por equipe técnica especializada, estando incluída no plano de descaracterização de barragens da companhia", diz a nota da mineradora. 

audima