Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO LE MANS

Polícia desarticula em Minas quadrilha que contrabandeava migrantes



Uma operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quinta-feira (17/6) em Minas Gerais desarticulou uma associação criminosa que atuava no contrabando de migrantes.





As investigações que desencadearam na Operação Le Mans começaram depois da fuga de um homem com a filha de 3 anos para o Paraguai. Ele foi preso em 5 de junho na fronteira e a criança foi entregue à mãe.

Durante a apuração desse caso, foi identificada a existência de uma associação ilegal para envio de brasileiros aos Estados Unidos para obter vantagem econômica.

Ao todo hoje foram cumpridos quatro mandados judiciais, expedidos pela 35ª Vara Federal, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, e em Abre Campo, na Zona da Mata. Em cada município foi cumprido um mandado de prisão e outro de busca e apreensão. 

De acordo com a PF, as pessoas que foram presas nesta quinta (17/6) foram identificadas como responsáveis por transportar migrantes no Brasil e fazer pagamentos para o funcionamento do esquema criminoso. 

“As apurações indicam que recentemente foram enviados 14 brasileiros para o México, pessoas que atualmente se encontram em solo mexicano e aguardam instruções para cruzar a fronteira com os Estados Unidos. Além disso, existem outros sete brasileiros no estado de São Paulo que esperavam orientações da associação criminosa para migrar para o exterior. Era cobrada a quantia de R$ 100 mil por pessoa para que fosse levada até os Estados Unidos”, detalhou a Polícia Federal. 

As investigações continuam para localizar as vítimas que estão no México e as que ainda não saíram do Brasil.

A pena para quem promove a entrada ilegal de brasileiro em país estrangeiro pode chegar aos cinco anos de prisão. A polícia também alertou para os riscos da travessia ilegal para os Estados Unidos pelo deserto mexicano.

O nome da operação, Le Mans, faz referência a uma prova automobilística realizada na França. 





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