Uma pesquisa desenvolvida em parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pretende fazer um diagnóstico da população LGBT+, com mais de 60 anos, que vive na capital. O objetivo do levantamento, que teve início neste mês, é dar suporte à formulação de políticas públicas para essa parcela da população.
A PBH participa do estudo por meio do projeto Longeviver LGBT. Instituído este ano, o projeto nasceu de uma parceria ente o Programa de Extensão Diverso UFMG, da Faculdade de Direito, e a Diretoria de Políticas para a População LGBT. Na UFMG, a pesquisa é conduzida pelo Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero (Diverso UFMG).
Os pesquisadores vão se debruçar sobre vários aspectos da população LGBT idosa, como o processo de envelhecimento na cidade, situações de violação de direitos e histórico de violência, sexualidade, relações afetivas, consumo, percepção sobre o acesso e a qualidade dos serviços públicos, entre outros.
O grupo destaca que a população idosa LGBT acaba sofrendo um duplo preconceito, em razão da idade e sexualidade/identidade de gênero, o que leva a falta de acolhimento, agressões físicas e/ou verbais, isolamento, medo de viver sua sexualidade ou identidade, e adoecimento físico e mental.
Neste primeiro momento, está disponível um questionário pela internet que pode ser respondido por qualquer pessoa do público-alvo.
A segunda etapa do estudo se dará por meio de entrevistas presenciais 'em espaço aberto, seguro e seguindo todas as regras sanitárias em relação à COVID', segundo o núcleo Diverso UFMG. Se houver necessidade, o grupo vai auxiliar no deslocamento e alimentação dessa pessoa. As entrevistas também podem ser realizadas por meio de chamadas de vídeo em plataformas online, como WhatsApp.
“Todo contato com nossa equipe é anônimo. Nenhum entrevistado e entrevistada será identificado com seu nome e dados pessoais e tem o direito de desistir do processo a qualquer momento”, ressaltam os pesquisadores.