Mais um beco abandonado ganhou vida nas cores e traços de vários grafiteiros, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Dessa vez foi o Beco Itapioca, que liga a Rua Geraldo Teixeira da Costa à Avenida Brasília, no Bairro São Benedito. As pinturas foram concluídas na quinta-feira (17/6) pelo grafiteiro Rodrigo Alves, morador da cidade.
O projeto “Nossos Becos, nossas Histórias” dá voz ao movimento hip hop e black soul. Este é o segundo beco revitalizado pela prefeitura com as pinturas nos muros. O primeiro foi o Beco das Flores, onde foi instalada a calçada da fama, com pinturas interativas.
“A música, a dança e a arte transformam, libertam e vencem o preconceito”, essa é uma das frases estampadas em uma das paredes do Beco Itapioca. Um dos desenhos é uma homenagem da secretaria municipal de Cultura e Turismo ao movimento black soul que, no passado, utilizava o espaço para ensaios musicais.
Quem passar por esses becos poderá conferir uma série de grafites que refletem a cultura soul, como, por exemplo, desenhos que fazem referência à origem afro.
Para o grafiteiro Rodrigo Alves, os trabalhos realizados têm como proposta resgatar a história do povo Luziense.
“A importância desse projeto é valorizar a arte e poder homenagear todos os artistas de Santa Luzia, principalmente os da cultura black. Este projeto veio abraçar os talentos de nossa cidade por meio da revitalização dos becos”, pontuou Rodrigo.
Para o grafiteiro Rodrigo Alves, os trabalhos realizados têm como proposta resgatar a história do povo Luziense.
“A importância desse projeto é valorizar a arte e poder homenagear todos os artistas de Santa Luzia, principalmente os da cultura black. Este projeto veio abraçar os talentos de nossa cidade por meio da revitalização dos becos”, pontuou Rodrigo.
Para comemorar em grande estilo a finalização dos trabalhos de revitalização, os artistas independentes do Soul Wanderley Campos e Mônica Andrea de Oliveira fizeram uma apresentação para as pessoas que passavam no local.
“Eu sempre gostei muito de dança e estamos vestidos com roupas que refletem o black soul que teve seu auge nos anos 70 e 80. Fico muito feliz em poder mostrar nossa cultura para as pessoas”, disse Wanderley.
“Eu sempre gostei muito de dança e estamos vestidos com roupas que refletem o black soul que teve seu auge nos anos 70 e 80. Fico muito feliz em poder mostrar nossa cultura para as pessoas”, disse Wanderley.
O local ficou parecido com o conhecido museu a céu aberto de São Paulo, o Beco do Batman, no coração da Vila Madalena, que atrai turistas que adoram tirar fotos e selfies diante de dezenas de desenhos espalhados nos muros e paredes, disputadíssimos entre os artistas de rua.
Mas, segundo o prefeito de Santa Luzia, Christiano Xavier, a inspiração para a revitalização não veio do famoso local paulistano, mas da necessidade de transformação local.
“Esses becos são muito deteriorados, muito feios. Aí inventei a calçada da fama no Beco das Flores, fizemos uma seleção para saber quem eram as personalidades da cidade em diversos seguimentos, no esporte, culinária, na medicina, entre outros. Os mais votados foram parar nas estrelas com plaquinha na frente explicando a história de cada um deles. Seguimos com os outros becos. Ficou bem legal, muitas artes interativas que as pessoas podem tirar fotos”.
“Esses becos são muito deteriorados, muito feios. Aí inventei a calçada da fama no Beco das Flores, fizemos uma seleção para saber quem eram as personalidades da cidade em diversos seguimentos, no esporte, culinária, na medicina, entre outros. Os mais votados foram parar nas estrelas com plaquinha na frente explicando a história de cada um deles. Seguimos com os outros becos. Ficou bem legal, muitas artes interativas que as pessoas podem tirar fotos”.
Segundo o prefeito, o próximo a ser revitalizado será o Beco das Orquídeas, também no Bairro São Benedito. A prefeitura terá recurso da Lei Aldir Blanc para revitalizar mais 15 becos e outros espaços públicos da cidade.