O governo do estado marcou para esta segunda-feira (21/06) o retorno das aulas presenciais para os alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental da rede estadual, abrangendo escolas localizadas em municípios que estão nas ondas verde ou amarela e que a prefeitura não apresentar restrições. Somente 87 escolas estaduais das séries iniciais do ensino fundamental,  localizadas em 17 municípios poderão ser abertas de imediato.

 

As 87 escolas estão situadas no Vale do Aço e no Sudeste de Minas, as duas únicas regiões mineiras que estão na onda amarela do Plano Minas Consciente. As outras 12 regiões do estado encontram-se na onda vermelha, em função dos indicadores da COVID-19 no estado. De acordo com o Comitê Extraordinário COVID-19, na média estadual, a taxa da incidência da doença no estado cresceu 13% num intervalo de 14 dias, até quinta-feira (16/06). 

 

A Secretaria de Estado de Educação marcou o início da reabertura das escolas estaduais para esta segunda-feira após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ter autorizado o retorno das atividades presenciais na rede estadual, no dia 10 de junho. Os desembargadores julgaram ação impetrada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sindi-UTE). 

 

Volta não será obrigatória, afirma Zema 

 

Nesta sexta-feira (18/06), em entrevista em Brasília de Minas, no Norte de Minas, o governador Romeu Zema (Novo) confirmou o retorno das aulas nas escolas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental nos municípios situados na onda amarela do Plano Minas Consciente, mas de forma híbrida. Mesmo com a volta das atividades presenciais, as aulas remotas vão continuar.

 

Zema enfatizou que os pais terão a opção de escolher, se querem a volta imediata para os filhos para a escola ou se mantêm o acompanhamento das atividades pelo modelo a distância. 

 

“O retorno (às aulas presenciais) não é obrigatório. O pai ou mãe que considerar inadequado que ela (a criança)  retorne para a escola, ela  não terá faltas. Ela pode continuar poderá continuar fazendo o uso do ensino a distância. Então, é uma volta que fica a critério da família”,  afirmou o governador. 

 

“Nós sabemos que muitas crianças acabam sofrendo nesse momento porque o pai e a mãe precisam trabalhar e (o ensino remoto) acaba sobrecarregando a família – ou com uma despesa extra ou com um parente. Então, isso (a ida dos alunos para a escola) acaba sendo mais uma opção (para não sobrecarregar a família)”, acrescentou o governador. 

Na segunda-feira (14/06), houve o retorno às atividades pelos profissionais das escolas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, “para um momento de acolhimento e preparação para a volta dos alunos”, informou a Secretaria de Estado de Educação.

 

A SEE divulgou que “a retomada das atividades escolares presenciais se dará a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores.

 

Ainda de acordo com a pasta, “no ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto. Desta forma, na próxima semana, “os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais e assim por diante”.