A Vale diminuiu, nesta sexta (18/6), o nível de emergência da Barragem Sul Inferior, na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Região Central de Minas Gerais. A represa estava em nível 2 (anomalia não controlada) e agora está no 1, o mais seguro do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).
De acordo com a Vale, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) já foram avisados sobre a redução.
No Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, administrado pela ANM, a Sul Inferior já aparece em nível 1.
A melhoria, segundo a mineradora, aconteceu por meio de "obras corretivas no talude, acompanhadas e atestadas pela consultoria técnica responsável".
Ainda assim, as famílias proprietárias de imóveis dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS) da Mina de Gongo Soco permanecem proibidas de acessar a área.
Isso porque o complexo também abriga a Barragem Sul Superior, que está em nível 3 desde março de 2019.
A Sul Superior tem método de construção idêntico às represas de Fundão (Mina de Germano) e 1 (Mina de Córrego do Feijão), que se romperam, respectivamente, em Mariana e Brumadinho em 2015 e 2019.
Portanto, a Vale trabalha para descomissionar esse barramento, conforme lei sancionada por Romeu Zema (Novo) há dois anos.
Histórico
A Sul Inferior teve seu nível elevado para a segunda fase em 25 de janeiro de 2020 por conta de erosão em seu reservatório após fortes chuvas. A situação, porém, está resolvida agora.
A Vale construiu essa represa em etapa única, método mais seguro que a montante. Ela está desativada, guarda água e sedimentos e tem volume de 595 mil metros cúbicos. A altura é de 35 metros.
Segundo a mineradora, apesar das melhorias, Sul Inferior vai continuar sendo monitorada "24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) e recebe inspeções regulares de equipes internas e externas".