Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Volta às aulas do ensino fundamental em BH agrada 'em parte' ao MPMG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou nessa sexta-feira (18), dia em que a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou o retorno das aulas presenciais de estudantes do ensino fundamental na cidade, que a medida “corresponde, em parte, aos reclames do MPMG”. O órgão chegou, inclusive, a ajuizar em 25 de abril deste ano uma Ação Civil Pública (ACP) cobrando o retorno das atividades presenciais nas instituições de ensino.





A medida anunciada pela prefeitura nessa sexta e confirmada neste sábado (19) via publicação de decreto garante o retorno desses estudantes e estabelece algumas atualizações nas medidas restritivas nas escolas. Ele também define tempo integral para o ensino infantil, liberado desde 26 de abril deste ano na cidade, e de cinco horas no máximo para o fundamental.

Os estudantes belo-horizontinos do ensino fundamental (primeiro ao nono ano) estão longe das escolas desde março de 2020 por conta da pandemia de COVID-19. Ensino médio e superior seguem no sistema remoto, ponto ainda criticado pelo MPMG.

Na nota divulgada nessa sexta, o MPMG afirma que a ação civil pública “não perdeu seu objeto com as mudanças anunciadas pela prefeitura”.

Segundo o mesmo documento, ainda há “ajustes amplos a serem realizados, o que será discutido oportunamente, cabendo o registro à comunidade de que a ação civil pública do Ministério Público não é direcionada apenas a crianças e adolescentes, mas a todo o sistema educacional existente em Belo Horizonte, impactado pelo exercício do poder de polícia da Prefeitura, o que abrange o interesse de faculdades, cursos de pós-graduação e a Educação de Jovens e Adultos (EJA)".

A Prefeitura de Belo Horizonte informa, em nota, que os protocolos e a metodologia de abertura e fechamentos das atividades já existem e estão publicados. "A proposta do Ministério Público está sendo analisada. A resposta será dada no prazo estipulado."




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