“Gostaria de deixar registrado um agradecimento para a Polícia Civil de São Lourenço, em especial à escrivã Débora. Nesta data, estava fazendo compras no supermercado próximo à delegacia de polícia e verifiquei que minha filha não estava respirando. Ela estava engasgada. Foram momentos desesperadores, até que meu marido pagou a criança e correu para dentro da delegacia, sendo que Débora a pegou no colo e realizou manobras para que ela voltasse a respirar. Graças a Deus deu tudo certo. Gostaria de agradecer imensamente.”
Essa mensagem expressa a gratidão de uma mãe, Letícia (o sobrenome não foi informado), em agradecimento à escrivã de Polícia Civil de São Lourenço, no Sul de Minas, Débora Oliveira. Com uma massagem conhecida por “manobra de Heimlich”, a escrivã salvou a pequena Penélope.
O fato aconteceu na sexta-feira (18/6). Letícia e o marido, Marcelo, levaram Penélope, como sempre fazem, para fazer compras no supermercado. O estabelecimento fica ao lado da delegacia da cidade. Em determinado instante, os pais perceberam que a menina não respirava e estava ficando roxa.
Marcelo, então, pegou Penélope, desfalecida e correu para a delegacia, onde estava Débora. Imediatamente, a policial pegou a criança e começou a fazer massagem. Cerca de 15 segundos depois, a criança desengasgou e começou a chorar. Um alívio para o pai e para a escrivã.
Neste domingo (20/6), passado o susto, a escrivã conta o que sentiu. Para ela, foi como se o tempo tivesse parado. “Ao ver o pai entrando, desesperado na delegacia, corri para tentar ajudar. A criança estava roxa e desfalecida. Lembrei, então, dos procedimentos e comecei a fazer a massagem. Foram 10 ou 15 segundos e ela respirou, desengasgou e chorou. Um alívio.”
A experiência de Débora não terminou aí. “Eu me senti viva, mais vida que nunca. Poder ajudar, salvar uma vida, me faz muito feliz. A impressão que tive, foi que o tempo parou. Olhei para o lado e pude ver o pai respirando aliviado”, conta a escrivã.
“Eu pude ficar mais tempo com a pequena Penélope no colo. É que na ânsia de salvar a filha, o pai, Marcelo, deixou a mãe, Letícia, no Supermercado. Ele deixou a criança comigo, enquanto foi buscar a mãe.”
Quando Marcelo retornou com a mãe,ele contou que a mulher tinha ficado no supermercado e chorava muito. “Foi amparada por funcionários do supermercado”, conta Débora.
“Fiz tudo no automático. Numa delegacia, a gente está acostumado a ver entrar criminosos presos, vítimas, mas nunca alguém com uma criança no colo, pedindo socorro”, diz a policial.
No site da Polícia Civil, uma frase elogiosa ao que fez a escrivã define o que significou sua ação. “Parabéns, escrivã Débora. O seu ato salvou não só a bebê, mas uma família!”