A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta segunda-feira (21/6) que novos públicos contemplados na campanha de vacinação contra a COVID-19 só serão divulgados depois de a administração fazer a retirada da nova remessa de imunizantes entregue pelo governo estadual nesta segunda-feira.
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Enquanto isso, a imunização na capital segue nesta segunda (21/6) para grupos já convocados e que, por alguma razão, ainda não compareceram aos locais. O horário de funcionamento será das 7h30 às 16h30 para pontos fixos e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru.
A prefeitura destaca que os moradores devem ficar atentos aos locais de vacinação, já que por questões de logística os pontos são alterados frequentemente. Os endereços estão disponíveis no portal da PBH.
Prefeitura reclama de falta de doses
Em entrevistas coletivas realizadas ao longo da última semana, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado Pinto, reclamou da falta de imunizantes na capital mineira. Segundo o médico, na remessa anterior recebida pela cidade, o número de doses não foi suficiente para a ampliação de novos grupos em junho.
“Das capitais brasileiras, BH é a com menos quantitativo de vacina. Além disso, importante que a gente veja que nossa reivindicação também passa pelos kits de intubação. São Paulo, estado que tem 10 mil leitos de UTI, recebeu mais de 1 milhão de medicamentos. Minas Gerais tem 4 mil e recebeu 512 mil. Mato Grosso, com cerca de 500 leitos, recebeu mais de 1 milhão de medicamentos”, mencionou.
Além disso, o chefe da pasta municipal disse que 35% das unidades de terapia intensiva (UTIs) destinados aos pacientes da infecção montados em Belo Horizonte foram utilizados por pacientes de fora; no que tange às enfermarias, esse índice é de 25%. Ele garantiu que não há disputa por imunizantes com outras localidades mineiras.
"Belo Horizonte está solicitando ao governo do estado que assuma um papel proativo no sentido de buscar vacinas no Ministério da Saúde, já que o governador é aliado ao presidente da República, para trazer vacinas ao estado", disse Jackson Machado.
Em resposta, o governo de Minas diz não ter autonomia para mudar o quantitativo dos repasses, definido preliminarmente pelo Ministério da Saúde. O argumento foi mantido na sexta (18/6), quando o Estado de Minas voltou a procurar a gestão de Zema. A Saúde Estadual garante seguir as diretrizes nacionais de imunização e operacionalização da campanha.
Com informações de Déborah Lima, Guilherme Peixoto e Larissa Ricci
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