Os incêndios florestais geram grande preocupação para o Corpo de Bombeiros (Cobom), em especial devido aos aumento dos registros ao longo dos anos. Em 2018, foram registrados 10.810 casos, sendo que em 2019, o crescimento foi de 72,59%, passando para 18.867 incêndios. Em 2020, um novo aumento, agora de 11,17% em relação ao ano anterior, que passou para 20.741, o que corresponde a um crescimento de 83,76% em relação a 2018.
Com base nesses números, o Corpo de Bombeiros está lançando uma campanha de prevenção aos focos de incêndios em florestas. Os números até maio deste ano também alarmantes, pois já são 5.970 registros, sendo que os meses de pico são agosto e setembro.
Em 2018, foram 2.662 casos em julho, 1.441 focos em agosto, e 1.732 em setembro. Em 2019, 3.602 em julho, 3.177 em agosto, e 3.933 em setembro. No ano passado, julho teve 2.341 registros, agosto 4.041, e setembro 5.020, sendo este último o maior número de incidentes em um único mês nos últimos quatro anos.
Em maio deste ano, foram registrados 2.661, um recorde do mês. E como os maiores números de focos sempre ocorrem nos meses subsequentes, o sinal de alerta foi ligado.
O que diz a cartilha
Segundo o relatório dos bombeiros, “os incêndios florestais ou em vegetação colocam em risco pessoas e bens, além de provocar danos ambientais, muitas vezes irreversíveis. A grande maioria desses incêndios são causados pela ação do homem. No período de seca, com vento e baixa umidade relativa do ar, pequenas fagulhas podem se propagar provocando um grande incêndio, por este motivo, é preciso estar atento”.
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Existe um capítulo à parte para as pessoas que gostam de acampar ou passear no campo: “Se for passear ou acampar em parque, floresta ou áreas de preservação evite: Lançar guimbas de cigarros; se acender uma fogueira, remova todas as folhas secas e faça um círculo com pedras ao redor do fogo; esteja sempre vigilante e ao término, apague-a com água e terra; não jogue no chão vidros e outro tipo de lixo”.
Para quem deseja fazer queimadas, há uma recomendação de solicitar autorização a um escritório do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Com relação aos danos ambientais, as recomendações são: redução da biodiversidade; alterações drásticas dos biótopos, reduzindo as possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre; evitar facilitação dos processos erosivos; redução da proteção dos olhos d’água e nascentes; redução das oportunidades de trabalho relacionada com o manejo florestal.