A empresa que opera o transporte coletivo de Pouso Alegre, no Sul de Minas, disse que vai tirar de circulação algumas linhas a partir de 1º de julho por causa da baixa demanda de passageiros e dos prejuízos causados pela queda na procura aos ônibus durante a pandemia de COVID-19.
A Expresso Planalto enviou um ofício à prefeitura solicitando o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. É o segundo documento enviado desde março do ano passado.
Segundo a empresa, serão paralisadas as linhas rurais e sociais criadas para atender regiões menos populosas na cidade.
A companhia pediu ainda a criação de um subsídio (uma ajuda financeira dada pela prefeitura) e argumentou que, se o dinheiro não for dado, a tarifa para o usuário poderia custar R$ 8,25. Hoje, o valor é de R$ 3,90, o menor do Sul de Minas.
A empresa alega que acumula prejuízos com a redução do número de passageiros e que a manutenção dos empregos e da frota se tornou inviável com o pouco dinheiro recebido com a venda das passagens.
"A empresa teve uma redução superior a 50% no número de passageiros e um aumento de 28% nos custos de operação, alavancado pelo aumento no preço do combustível. Foi, ainda, obrigada a a manter o transporte das gratuidades, que representam 18% dos passageiros, e a cumprir todos os horários estipulados pela prefeitura durante toda a pandemia", informa a Planalto, em um comunicado.
A prefeitura de Pouso Alegre recebeu a notificação e as equipes das secretarias responsáveis estudam o que poderá ser feito.
Por enquanto, o serviço segue operando normalmente. A lista de linhas que serão paralisadas só será definida se não houver acordo.