Em entrevista coletiva, concedida nesta terça-feira (22/6) na Cidade Administrativa, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse que Belo Horizonte não recebeu, do 23º e 24º lote de vacinas, apenas o quantitativo que seria destinado para as pessoas com comorbidades.
O médico justificou que o governo de Minas adotou uma medida técnica para distribuição dos imunizantes entre os municípios. Segundo o chefe da pasta, a Prefeitura da capital recebeu parte das 31% de doses para vacinação dos trabalhadores da educação e 1,26% dos profissionais da segurança, das remessas citadas anteriormente. Ele afirma que o montante de imunizantes em que a cidade ficou de fora foi dos 66,6% que seriam destinados para o público com comorbidades.
"Belo Horizonte chegou a 100% do grupo de comorbidades na 22ª remessa. Como ela já tinha recebido toda a sua parte de doses da 22ª remessa, ela não tinha porque mais receber doses para o grupo específico. Já as demais cidades em laranja (apresentadas em um slide da coletiva) não atingiram até hoje o 100%”, afirmou Baccheretti.
Na semana passada, o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado Pinto, afirmou que 50 mil pessoas deixaram de ser vacinadas por 'lógica política' e criticou o governo do estado dizendo que, entre as capitais brasileiras, a cidade mineira é a que menos possui vacinas para imunizar a população.
No entanto, Fábio afirmou nesta terça que o quantitativo de doses recebidas por Belo Horizonte, até o momento, é semelhante ou maior do que em outras capitais do país. “Tentei ser bem explicativo hoje para vocês entenderem que não há de forma aleatória distribuição de doses do estado. Ela utiliza parâmetros claros, técnicos, carimbados pelo Ministério da Saúde”, disse.
“Isso é para vencer essa discussão e para que a gente não traga para a vacina, que é a única saída para a pandemia, uma briga que não seja pelo bem comum, que é vacinar todos os mineiros”, completou o secretário.
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