Dificuldade de respirar, queda na quantidade de oxigênio que o sangue transporta, embolia pulmonar, coágulo no sangue e colapso pulmonar são diagnósticos encontrados em pacientes COVID após alta hospitalar.
As queixas foram identificadas a partir de um monitoramento realizado por uma equipe de transição de cuidados COVID do Instituto Orizonti, que fica no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Dos pacientes infectados com o coronavírus, cerca de 10% retornaram com sequelas graves.
Destes, 17% apresentaram piora clínica e foram transferidos para o CTI. Cerca de 80% tiveram alta hospitalar, 5% permanecem internados e 15% foram à óbito.
Dos casos de internações, cerca de 70% foram em enfermaria e 30% em CTI. Cerca de 10% dos pacientes já chegaram ao hospital intubados, 33% em uso de oxigênio suplementar e outros 57% permaneceram com respiração natural.
De acordo com o levantamento, quase 100% deles precisaram usar oxigênio durante a internação.
A enfermeira da Linha de Cuidados Pós-Covid, Sarah Ribas, estabelece contato periódico, após 24 horas da alta, durante seis semanas. O protocolo foi definido seguindo evidências médicas publicadas em um artigo científico.
A profissioal diz que, em alguns casos, a doença se manifestou de forma mais branda e não foi necessária internação. Mas após alguns dias, sequelas apareceram. Muitos são orientados a seguir o tratamento em casa.
Com a crescente demanda de cuidados após infecção pelo coronavírus, o hospital vai lançar um chatbot que dará suporte ao trabalho humano nos próximos meses. A ferramenta de inteligência artificial já está em desenvolvimento.
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